NOTA: 9.
Sabe quando alguém te diz algo tão óbvio que seu primeiro pensamento é “Como ninguém pensou nisso antes?” Esse é o pensamento que deve pairar sobre a cabeça de muita gente depois de assistir a esse filme, que se trata nada mais nada menos de um musical com músicas (só) dos Beatles.
Quem não viveu nessa década não precisa de preocupar pois a diretora situa todo o cenário: Guerra do Vietnã, a morte de Luther King e por aí vai. Até mesmo uma viagem ao mundo lisérgico à bordo do Magic Bus do Dr. Robert. E o melhor é que a história do filme não é datada, ela poderia muito bem estar acontecendo hoje ou em qualquer outra década.
Isso não quer dizer que a diretora Julie Taymor (que era mais conhecida pela sua versão da Broadway de O Rei Leão) se preocupe em contar uma história complexa com longos diálogos. Pelo contrário, quase tudo acontece para que haja uma música dos Beatles. Algumas vezes com o arranjo familiar e outras totalmente alterado. Julie se aproveita disso para criar um filme com cenas impressionantes. Prudence, por exemplo, é dramaticamente descartável, mas protagoniza duas delas: Primeiro ela dá um tom totalmente triste (e tocante) a I Wanna Hold Your Hand (que na versão original é bem alegre) e depois com a música de seu próprio nome, Dear, Prudence. Além dessas cenas, a imagem de um garoto cantando em meio a um tiroteio escondido atrás de um carro em chamas enquanto canta Let It Be é inesquecível.
Outra grande escolha da diretora foi no ritmo do filme. O filme segue da mesma forma que a carreira da banda inglesa. A primeira parte ingênua com músicas (em sua maior parte) animadas e fáceis; na segunda parte, é a parte mais viagem, com o mergulho no mundo das drogas e o sucesso subindo a cabeça; se torna mais profundo, sério e engajado quando Max vai pra guerra até o fechamento do filme.
Para os fãs da banda isso tudo é um prato cheio. Reconhecer as fases da banda, os nomes das personagens nas músicas e grande nomes cantando as músicas (fora os atores, há a presença de Joe Cocker e Bono, por exemplo). Em um determinado momento, o filme perde seu ritmo. Em parte por causa da escolha de apresentarem as músicas integralmente. Nada que estrague o filme, principalmente contando com um final ao som de All You Need is Love no telhado (uma referência a uma apresentação que a banda fez em um telhado da Apple sem cobrar ingressos e fato que também foi usado em um episódio de Os Simpsons).
Gostei muito de ter achado esse blog com resenhas de filmes. Mas, se me permite, queria fazer uma resenha crítica do seu blog. É muito bom, mas a idéia expressa fica meio perdida às vezes. Poderia sugerir que antes de opiniões dissesse a história do filme. Isso nos ajudaria a nos localizar e melhoraria a interpretação da sua opinião. Obrigada.
ResponderExcluirMuito bom. Ficou muito mais agradável de ler. Primeiro a história e depois a opinião. Prossiga assim, parabéns.
ResponderExcluiresse blog me ajudou bastante mais podia fala mais sobre a guerra do Vietnam e a morte de Luther King mais obrigado
ResponderExcluirCuidado que as professoras estão fazendo muitas pesquisas na internet ultimamente.
ExcluirAdoreei! Escreve muito bem! Parabéns. Seguiindo...
ResponderExcluirEsse filme é incrível! É necessário ter um certo conhecimento para conseguir entender o enrendo da história, é um ótimo filme para quem está estudando guerra fria.
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