quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

OS MERCENÁRIOS 2 - THE EXPENDABLES 2


NOTA: 6.
- Eu sabia que um dia você poderia me pagar o que deve. Hoje é esse dia.

A fórmula do primeiro filme era simples: pegar vários astros de ação, muitos estão perto da aposentaria, e colocá-los todos juntos na tela. Por isso, o que parece mais óbvio é fazer uma continuação aumentando a quantidade de nomes que vemos em diversos filmes de ação. Liderados por Stallone, que ganha destaque no cartaz, temos um sangue novo interpretado por Liam Hemsworth e muito sangue velho aumentando o bando, com Schwarzenegger e Bruce Willis com mais coisas para fazer do que no primeiro. 
O mais curioso, é que a fórmula realmente funciona. Funcionou no primeiro e continua funcionando aqui. Claro que não estou falando que se trata de uma obra-prima do cinema, mas sim que o filme acaba sendo divertido e servindo seus propósitos. Aqui, eles se superam em quase todos os aspectos, e seguem a mesma linha que traçaram no filme anterior. Exceto que agora o vilão é Vilain (Jean-Claude Van Damme), cujo nome é muito similar a "vilão" em inglês.
Segundo divulgaram, Stallone não quis dirigir o filme, coisa que fez no primeiro, para se dedicar mais ao roteiro do filme. O que se pode esperar, porém, não é um resultado melhor do que o primeiro. E olhe que o resultado do primeiro já não era nada de excepcional. Os diálogos não fluem necessariamente como deveriam e o humor não funciona. É então que entra o grande trunfo na manga para salvar o filme: Chuck Norris.
Em determinado momento, as pessoas no filme parecem esquecer que este filme, em sua essência, funciona como uma comédia. Ou pelo menos deveria funcionar como uma, pois senão o resultado é apenas embaraçoso. Por isso que a presença de Norris serve para fazer com que deixemos qualquer tentativa de levarmos o filme com qualquer nível de seriedade de lado e aproveitemos o filme como uma espécie de comédia com cenas de ação. Seja lá quanto Norris tenha recebido por este filme, mas não deve ter sido o suficiente.
Se o roteiro não apresenta melhora, a decisão de entregar a direção do filme para Simon West (Con air) faz com que tenhamos uma melhora nesse sentido. Ele sabe o que deu certo no anterior, e mantém praticamente a mesma linha nesse novo. A exceção está mesmo nas cenas de ação que são um pouco melhores apesar das exageradas explosões.
O filme termina com uma desnecessária luta entre Stallone e Van Damme, mas acredito que além de ser uma espécie de regra, deva ser impossível contratar o ator belga e não lhe oferecer uma cena de luta. A luta é anti-climática e talvez não de acordo com a idade dos senhores, mas se ainda estamos levando em conta que é uma comédia então tudo bem. É tolice tentar categorizar este filme em termos de bom ou ruim, então o que resta é analisar como uma nostálgica volta aos filmes de ação, e nesse sentido ele satisfaz.

Um comentário:

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