terça-feira, 17 de abril de 2012

REENCONTRANDO A FELICIDADE - RABBIT HOLE


NOTA: 9.
- A sensação desaparece?

Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart) são um casal tentando seguir sua vida. Menos de um ano antes, o filho deles de apenas quatro anos correu para a rua para pegar o cachorro, e assim acabou sendo atropelado e morto. Ambos ainda vivem o sofrimento da perda, a intimidade entre eles desapareceu totalmente e vivem cercados pelas roupas e brinquedos de um menino que não vive mais entre eles. E mais ainda, cercados pelas memórias, obviamente.
O filme, porém, não é sobre o pesar do casal. Suas vidas já não são mais uma terrível agonia. Baseado em uma peça de teatro, o filme ocupa o espaço entre os clichês do gênero. Não acompanhamos sobre como eles começam a superar a dor, acompanhamos quando esse período passou e o que ficou é um vazio na relação dos dois. Eles vão à um grupo de ajuda para pais que perderam os filhos, Becca não aguenta ficar lá, Howie encontra uma pessoa disposta a ouví-lo em Gaby (Sandra Oh).
Pode parecer estranho que ele encontre para conversar que não seja sua mulher, mas a verdade é que ela tem dificuldades para se comunicar com qualquer pessoa. Ela não ouve sua mãe ou sua irmã mais nova que acabou de descobrir que está grávida. Ela sequer consegue se aproximar apropriadamente do cachorro que agora mora com a mãe. Eles parecem ter chegado em um ponto em que nada que possa ser dito entre eles vai remediar alguma coisa.
Agora devo indicar uma grande surpresa do filme: apesar do tema e de tudo o que escrevi até agora, o filme trata tudo de uma forma bem humorada. Não sei se é por causa do diretor John Cameron Mitchell (que dirigiu o interessante Hedwig), que já mostrou bom humor nos trabalhos anteriores, ou se é mesmo o texto da peça que é feito dessa maneira (e que não assisti e não posso comentar), mas de qualquer forma o filme trata um assunto delicado de maneira que não fique pesado ou depressivo.
Eu gosto muito do trabalho de Aaron Eckhart, mas devo confessar que fiquei hipnotizado pela atuação de Kidman. Acho impressionante como ela consegue ser dois tipos de atriz totalmente diferentes: uma é a estrela glamourosa capaz de realizar Moulin Rouge e Nine; e a outra é a que se arrisca em papéis impressionantes como As horas e filmes como esse. E me impressiona como ela pode se destacar tão bem de uma forma ou de outra. Poucas conseguem.
E sua personagem é a peça principal do filme. Ele segue as confusões da vida dessa mulher de forma surpreendente. É um filme simples o suficiente para contar tudo que precisa ser contado da história, mas não tão simples que não nos faça sentir o que os personagens estão passando. Saber sobre o que o filme é, é uma coisa, mas como ele é tratado é outra totalmente diferente. E eu achei o tratamento ótimo.

2 comentários:

  1. Não curti esse filme... achei q conta a história de uma gente idiota e cheia de autocomiseração, espécie de pessoas que me dão nos nervos - e tenho de cadeira noção do que estou falando, pois passei tragédia semelhante em minha vida.
    Mas sim, o filme é bem feito e tem ótimas atuações. Pena q a trama é tão chata...

    ResponderExcluir
  2. É , Muitoo Chato Mesmo ,' acabei não entendendo nada

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...