sábado, 1 de outubro de 2011

CONTRA O TEMPO - SOURCE CODE


NOTA: 9.
- O programa não foi desenvolvido par alterar o passado. Foi designado pra alterar o futuro.

Eu poderia dizer que este filme é uma ficção científica, mas é uma parte estranha no gênero porque não parece se basear em qualquer elemento da "vida real". O que realmente interessa aqui é que se trata de um interessante e surpreendente suspense.
Logo de cara, vemos Colter acordando em um trem como quem acorda de um pesadelo. Ele parece extremamente perdido e desorientado. Ele não sabe porque está naquele trem ou mesmo porque aquela estranha mulher, Christina (Michelle Monaghan), está ao seu lado conversando com ele e o chamando por outro nome. Quando ele se olha no espelho, sequer o seu reflexo aparece lá.  Depois de 8 minutos nessa situação, uma bomba explode no trem matando todos em seu vagão, inclusive ele.
Ele não realmente morre. Ele acorda em um outro ambiente que parece uma espécie de cockpit de um avião ou coisa do gênero. Se dirigem a ele duas pessoas: a oficial Colleen (Vera Farmiga) e o cientista Rutledge (Jeffrey Wright), que lhe informam que esse é um experimento que pode salvar vidas. Ele está voltando no tempo para dentro de um vagão que explodiu para descobrir o culpado. Para isso ele tem 8 minutos a cada vez que volta.
Tudo o que disse, não será surpresa para qualquer pessoa que assistiu o trailer do filmes. Mais que isso seria estragar as boas surpresas que ele guarda para os espectadores.
O que interessa é que Colter tem a chance de fazer uma coisa boa, e tem uma vantagem: assim como em O feitiço do tempo, seu personagem é o único que se lembra do que aconteceu nas outras vezes que reviveu aquele momento, enquanto para o resto parece continuar acontecendo pela primeira vez. Além de lhe dar essa vantagem tática, ele começa a se aproximar cada vez mais de Cristina, a única com quem ele tem realmente contato todas as vezes que volta. Como volta como "outra pessoa", talvez isso lhe ajude a se importar cada vez mais com aquela mulher. Ou talvez simplesmente seja como deveria ser.
O filme não se atém as reais questões da ciência por trás da tal experiência, mas o filme não te deixa muito tempo para se importar com isso. Inda cada vez mais rápido para o desastre, o trem parece rumar sempre para destruir a cidade, Cristina parece cada vez mais interessante (o que nos faz querer que ela seja salva) enquanto as cabeças por trás do projeto parecem cada vez mais desesperados para o sucesso da missão. Para nós, parece que isso é só o que importa.
Essa intimidade que acabamos criando, faz o filme parecer mais pessoal do que realmente um produto de Hollywood. O casal se encaixa perfeitamente um com o outro. E o mais importante: o que pode ser melhor que um personagem dentro de um trem apenas interessado em fazer a coisa certa? Nesses novos tempos do cinema cínico, isso conta muito. Melhor ainda: que tal ver um filme com uma trama totalmente implausível mas que se torna incrivelmente interessante justamente pelo modo como é feito. Se qualquer desses motivos te interessa, esse é o seu filme.

3 comentários:

  1. Esse filme é d+ mesmo... o filho do Bowie é a melhor promessa da ficção científica. Lunar tinha sido massa e esse foi melhor ainda

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  2. Lunar não vi, mas esse achei bem legal.
    Abraços.

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  3. Obrigado pela revisão, a história parece fantástico, embora eu não gosto de filmes de ficção científica. Quando um filme tem um bom drama roteiro vai certamente tornar-se parte da história, desta vez podemos ver Jake Gyllenhaal em um personagem mergulhou incapaz de sentir qualquer coisa, para que você sinta o mesmo desespero que. Do mesmo diretor de Buyers Dallas Club, Jean-Marc Vallée que alcança uma grande direção, o que faz um grande drama filme Demolition, o elenco inclui Naomi Watts e Chris Cooper. Talvez no final, o ritmo é muito diferente na história, ainda consegue ser um grande filme.

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