domingo, 31 de maio de 2009

STAR TREK



NOTA: 9.
- Espaço: a fronteira final. Explorando novos mundos, procurando novas formas de vida e novas civilizações. Indo corajosamente onde ninguém foi antes. 

No mesmo ano que temos o lançamento de Wolverine, que se mostrou um fracasso, os blockbusters são salvos por J. J. Abrams, diretor que entre outros filmes dirigiu Missão impossível 3 e criador das séries FringeLost e Alias. Ele teve a missão de atualizar e revitalizar a série que parecia fadada ao esquecimento (não que ela fosse ser esquecida, devido a milhões de fãs fanáticos, mas corria o risco de não ter um novo grande filme nos cinemas). Nada de novos personagens, como tentaram anteriormente, ele coloca a tripulação original e conta como eles fizeram o voo inaugural da Enterprise.
Ao contrário do novo filme (citado anteriormente) da franquia dos X-men, aqui o roteiro é tudo e não apenas uma desculpa para efeitos especiais mirabolantes. Claro que nesse tipo de filme, os efeitos são praticamente obrigatórios, mas passam desapercebidos pois existem apenas para contar uma boa história. Que fique claro que os efeitos não chamam muita atenção por serem ruins ou coisa do gênero, eles são extremamente bem feitos e apenas não merecem maior destaque porque não apresentam nada que ninguém não tenha visto antes.
A história nos faz acompanhar primeiro George Kirk (Chris Hemsworth), pai de James Kirk (que ficou imortalizado por William Shatner e nessa versão toma as formas de Chris Pine), que morre para salvar toda a tripulação e inclusive sua mulher que estava em trabalho de parto. James Kirk cresce rebelde e sem rumo, até que o desafiam a fazer parte da Liga estelar e tentar superar seu próprio pai. Ao mesmo tempo, ele vai encontrando toda a equipe que faz parte da série original.
O outro personagem tão (ou mais) famoso quanto Kirk é Spock (Zachary Quinto), que somente vai encontrá-lo na fase adulta quando ambos estão na academia que os transformará em tripulantes da Enterprise. Como costuma acontecer nas grandes histórias, logo quando se conhecem os dois não conseguem se suportar. Neste caso. há um motivo: Spock é a mente e Kirk é o corpo. E como sabemos, quase nunca um está de acordo com o outro.
Um dos grandes acertos que Abrams realiza aqui é não tratar toda a série como se fosse algo sagrado que não pudesse ter sido alterado de alguma forma. Este não é um filme feito apenas para quem já conhecia e gostava da série. Seja você um fã inveterado ou alguém que jamais assistiu um único episódio, a possibilidade de curtir o filme é bem grande. E mesmo os mais radicais não parecem ter muita munição para dizer que estão estragando o que sempre curtiram. Pelo menos EU acho que não tem.
Com seu roteiro que mistura viagens no tempo, J. J. aproveita para escalar Leonard Nimoy, fazendo um Spock mais velho. Com muita ação, sem subestimar o cérebro da platéia e com um visual impressionante, o diretor (e também roteirista) entrega o melhor filme da série. E olha que digo isso sem ao menos ser fã dela. O primeiro passo de reformulação foi feito e muito bem. Vamos esperar para ver o que reserva o futuro da saga que abriu novos caminhos (e uma nova linha temporal). Respeitoso ao original, mas revigorado.

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