quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O NOME DA ROSA - THE NAME OF THE ROSE


NOTA: 7.
- A única evidência do trabalho do anticristo que eu vejo aqui, é o desejo de todos de vê-lo trabalhando.

Neste filme, conseguimos ver duas espécies diferentes de monges. Existe aqueles monges simples, que usam vestimentas simplórias e passam seus dias trabalhando duro, rezando e se divertindo com as pequenas coisas. Existe também os monges egoístas que vivem com grandes riquezas, falando mal uns dos outros e agindo como se isso fosse alguma forma de política. E é neste filme que vemos um embate entre esses dois tipos de monges.
E pertencente a primeira espécie de monge, temos William de Baskerville (Sean Connery) seguido do seu pupilo Adso (Christian Slater). William é, provavelmente, o primeiro homem moderno. Enquanto a igreja afundava em trevas e os religiosos acusavam os livros de corromper as pessoas, aqui temos um monge diferente dos demais. Ele é um estudioso que sabe compreender as coisas de maneira única. E gosta de ler livros. Um homem que preza a razão.
Os dois chegam em um monastério muito estranho onde na parte de baixo vivem pessoas miseráveis e sujas que se alimentam apenas dos restos de comida que os monges jogam ladeira abaixo. Eles ficam nesse lugar onde uma série de estranhas mortes que estão acontecendo entre os monges. William foi enviado para lá por ter a fama de ser um investigador, e tão rápido quanto ele chega uma nova morte acontece e ele começa a tentar identificar as causas das mortes.
Ele vai tentar achar um assassino entre os monges daquele lugar, mas a tarefa não é fácil. Qualquer pessoa é suspeita. Isso pode parecer cliché, mas a verdade é que todo mundo nesse filme parece ser realmente suspeito. Os monges são estranhos. Parece que todo o elenco foi escolhido para ser estranho ou mesmo beirando o grotesco, com exceção dos nossos dois heróis, claro.
Com uma grande história na mão, o diretor Jean-Jacques Annaud perde a chance de fazer um grande filme. O que ele acaba fazendo é um filme confuso filmado de maneira escura, que ás vezes até mesmo atrapalha a visão do que está acontecendo. William escuta e investiga tudo, e por várias vezes dá interessantes conselhos ao noviço que o acompanha. De alguma forma vemos que ele parece se aproximar da verdade, mas o filme dá poucas conexões para acompanharmos o que acontece para ele ligar os crimes com a resolução do caso. Parece que simplesmente acontece dele descobrir.
Muita coisa acontece sem que haja qualquer explicação para o espectador. Parece que este está simplesmente fadado a aceitar que certas coisas devem acontecer. Sem explicações. Se a história nos envolvesse mais, poderia ter gostado mais do filme. A reconstrução do período, as atuações e outros aspectos técnicos encantam por um tempo, mas falta algo. 

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