quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

MINORITY REPORT


NOTA: 10.
-Sinto muito, John, mas você vai ter que correr de novo.

Este filme é uma bela surpresa. Pense bem, o diretor mais rentável de todos os tempos se juntando com um dos maiores, e também um dos mais rentáveis, astros da atualidade. O que se esperar? Um filme que procure apenas uma diversão rápida e rasteira, não? Bem, felizmente não é isso que fizeram os dois quem são, e eles continuam escolhendo muito bem seus projetos.
Cruise interpreta John Anderton, chefe de uma divisão da polícia conhecida como Pre-Crime, que prende criminosos antes que eles cometam os crimes. Como eles podem ser condenados de algo que não fizeram? O sistema se baseia nas previsões de três cognitivos cujos nomes são baseados em escritores policiais: Dashiell (Hammet), Arthur (Conan Doyle) e Agatha (Christie). Eles captam as intenções dos futuros criminosos e enviam as informações para que Anderton possa evitar o crime. Em seis anos, não houve um único assassinato. O sistema é perfeito. Ou assim eles dizem.
O problema começa com a chegada de Danny Witwer (Colin Farrell), que procura falhas nesse sistema. "Se há uma falha, é humana", ele diz. Ninguém vê os cognitivos como humanos. Na melhor das hipóteses, eles seriam como o mais perto de Deuses, chegando a serem reverenciados. Aliado a isso, Anderton recebe um chamado de um crime, que ele mesmo deve cometer, contra alguém que não conhece. Enquanto filmes fazem com que o culpado procure a inocência por um crime já ocorrido, aqui Anderton deve tentar se inocentar de um crime que ele deve supostamente ainda cometer. Como se faz isso?
Muitos filmes se baseiam em efeitos especiais para ter uma história de um filme. O resultado nem sempre é animador. Spielberg faz o contrário, o que interessa aqui é a história. Claro que ele usa efeitos especiais de última geração, que impressionam mesmo com os avanços que vieram depois. Mas ainda assim, nenhum efeito especial se sobrepõe à história em momento algum. Tudo é para ajudar a contar a história. Alguns se baseiam na ação, outros nos efeitos, Spielberg se baseia na história. Por isso se destaca de todo o resto. Por isso é maravilhoso na maioria das vezes.
É o diretor mais famoso em sua melhor forma aliado a um astro que melhora cada vez mais com o passar do tempo. No mínimo merece uma olhada.

OBS: A história se baseia num conto curto de Philip K. Dick, o mesmo que escreveu um conto que deu origem a Blade Runner. Não li nenhum dos dois contos, mas o futuro aqui é bem mais animador que no caçador de andróides.

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