domingo, 14 de agosto de 2011

SUPER 8


NOTA: 9.
- Se vocês falarem alguma coisa sobre isso, você e seus pais vão morrer.

Tive uma sensação estranha no cinema, e não era só pelo fato de estar assistindo um filme cujo nome é inspirado num tipo de filmagem obsoleta em uma moderníssima sala IMAX com qualidade de som e imagem acima da média. Foi uma sensação de familiaridade com o material, em especial de Steven Spielberg (que não por acaso é produtor deste filme). Claro que muitos vão citar Os Goonies, também produzido por ele, e Contatos imediatos de terceiro grau, mas para mim não resta dúvida que a principal influência foi E. T., o extraterrestre, e as notas finais da trilha deste filme, claramente inspirada na trilha do pequeno alienígena, só confirma tudo.
O principal que o diretor J. J. Abrahams (Star Trek) faz, é muito mais do que passar o filme nos anos 1970, é passar o estilo do filme como se ele tivesse sido realmente feito naquela época. Não é apenas adotar uma estética em relação à fotografia, é nos fazer lembrar uma época em que os chamados blockbusters não eram sinônimos de filmes com efeitos especiais usados com futilidade, roteiros sem história ou personagens interessantes e que não quisessem apenas se transformar em uma franquia. Lembra dos "bons e velhos tempos"? Abrahams lembra e faz uma ode à ele.
Saem os adolescente estúpidos que populam em número cada vez maior as películas e voltam as corajosas e espertas crianças que tentam resolver seus problemas sem a ajuda dos adultos, ainda que não saibam exatamente como fazer isso. Joe Lamb (Joel Courtney) e seus amigos estão fazendo um filme filmando em câmeras super 8. Num dia das filmagens, Joe vê uma caminhonete entrar nos trilhos e rumar em direção ao trem, o que causa um terrível acidente (maravilhosamente filmado). Após o acidente, estranhos eventos começam a acontecer na cidade, e cabe ao pequeno grupo descobrir o que é.
Geralmente nesses filmes, os adultos parecem ser mais distantes do que o normal. Acontecem todo o tipo de confusões com as crianças que eles parecem não tomar conhecimento até que seja tarde demais. Ainda assim eles tem importante papel no filme, seja na parte militar escondendo alguma coisa ou seja com o pai de Joe, um policial, tentando descobrir os acontecimentos anormais de sua cidade. Eles são os obstáculos que as crianças devem superar. Não direi mais nada sobre a história, já que a maior diversão está em descobrir os acontecimentos e as surpresas que ele guarda para nós.
Não é um filme tão bom quanto E. T., e não sei se tem as qualidades para virar um clássico como o outro se tornou. Ao contrário do curta apresentado dentro do filme, o filme é certinho demais e não deixa espaço para  improvisações. Fora isso, só é uma pena que o desfecho do filme não seja tão emocionante quanto todo resto do seu desenvolvimento. Não é perfeito mas é o melhor filme de férias deste ano (e de muitos outros anos) até agora, muito melhor que os filmes da Marvel (Thor e Capitão América) entre outros, e duvido que será superado esse ano. A dupla sabe que não importa que os efeitos especiais sejam os mais impressionantes, o filme não funcionará se não nos importarmos com os personagens. E nós nos importamos com eles, e muito. Por isso é tão acompanhá-los.

3 comentários:

  1. Quero muito assistir, parece ser divertidão, além da nostalgia.

    http://cinelupinha.blogspot.com/

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  2. Idem ao meu tocaio aí d cima... Muito a fim de ver - é brabo morar no interior e só ter três salas de cinema na tua cidade...
    2D, é claro.

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  3. É nostálgico ao seu modo mas é muito bom.

    Até onde eu sei, esse nem lançou em 3D.
    Como não gosto desse formato mesmo, melhor pra mim.

    Aproveitando pra explicar porque as postagens estão saindo atrasadas:
    Fiz uma cirurgia no ombro e vou ficar cinco semanas sem poder usar um dos braços.
    Está difícil continuar postando, mas vou tentando.

    Abraços.

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