NOTA: 8.
- Percebe quanto problema você me causou, Charley? Me espionando. Contando a polícia sobre mim. Você merece morrer, mas eu vou te dar uma coisa que eu não tenho: uma escolha. Me esqueça, Charley, e eu vou esquecer de você.
Assistindo a este filme novamente, eu percebi porque foi refilmado (a nova versão com Collin Farrel já foi lançada nos EUA). Ele era atual na época de seu lançamento e hoje continua, de certa forma. Tem um personagem que é um ator (chamado de Peter Vincent, uma homenagem a Peter Cushing e Vincent Price) famoso por suas atuações em filmes de vampiros que diz que os jovens não querem mais saber dos filmes que ele fazia, que preferem ver lunáticos matando pessoas. Na época era uma alusão aos filmes de Sexta-feira 13, hoje acredito que a maior concorrência é em relação a vampiros que se recusam a chupar sangue. Não digo que o filme precise de uma refilmagem, apenas que entendo (que fique claro).
Para chamar de novo a atenção para os vampiros naquele ano, o diretor e roteirista Tom Holland contou a história de Charley Brewster, um adolescente fã dos filmes de vampiro que acredita que um acabou de se mudar para casa ao lado da sua. E não é nem que o garoto seja brilhante, é que o vampiro é tão descuidado (provavelmente protegido pelo fato de ninguém mais acreditar em vampiros) que exibe suas vítimas com a janela bem aberta enquanto seu ajudante se livra dos corpos em enormes sacos plásticos.
A princípio, Brewster recorre a um policial dizendo ser seu vizinho o responsável por mortes que tem ocorrido na vizinhança, mas os dois novos moradores tem explicações plausíveis para tudo, até mesmo para terem um caixão dentro de casa. Se a polícia não o ajuda, ele resolve que a única ajuda que pode conseguir é do ator Peter Vincent que mata os vampiros no programa que Brewster assiste todas as noites.
Vincent tem um jeito muito parecido da forma como se apresenta no programa. Como se fosse ele próprio um personagem de filme de terror B, dizendo coisas como "Onde se encontra o esconderijo dessa criatura da noite". Mas seu personagem é vital para o segundo ato do filme, ato no qual o filme passa de uma sátira aos filmes de vampiro para se tornar ele próprio um exemplar do gênero. Sendo o vampiro perseguido por um adolescente e um homem que sabe tudo sobre vampiros por ter trabalhado em muitos filmes do gênero.
O filme tem uma certa dificuldade para conciliar os tons diferentes entre os atos, o que prejudica um pouco o resultado. Também parece que a meia hora final do filme é apenas uma exibição de efeitos especiais, que incluem maquiagem e transformações que deveriam ser coisas bem avançadas na época. Para os que acreditam que os filmes de terror estão ligados a efeitos toscos, então esse filme melhorou com o passar do tempo.
Ainda hoje, o filme tem um visual interessante e com muito mais personalidade que a maior parte dos filmes de terror que você encontra para assistir. E tem personagens muito interessantes também, como o próprio vampiro que não é de todo ruim, mas claro que o destaque vai para Roddy McDowall como o "caçador de vampiros". Não é o melhor exemplar do gênero, mas diverte bastante.
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