quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O EXORCISTA - THE EXORCIST


NOTA: 9.
- Me mostre uma sósia de Regan, mesma voz, tudo. Eu vou saber que não é ela. E eu estou dizendo que aquela lá não é ela. Agora eu quero que você diga que sabe que não há nada errado com ela a não ser sua mente. Me diga de fato que um exorcismo não fará bem a ela.

Há os que o considerem um clássico ou os que não considerem, depende de cada um. O fato é que a história da menina possuída por um demônio e que precisa ser exorcizada envelheceu muito pouco de 1973 para cá. Continua sendo um filme de terror enervante (de roer as unhas mesmo) e também um dos maiores exemplares do gênero. Não é à toa que foi indicado a diversos prêmios da academia (primeiro filme de terror a ser indicado para a categoria principal).
Existe alguma coisa de errado com a menina Regan (Linda Blair, que ficou sempre marcada por este papel). Ou há um problema realmente grave com a cabeça da pobre garota, ou um demônio está realmente habitando seu corpo. Devido os tratamentos e exames que realiza, não sei dizer ao certo qual é a pior alternativa para ela. Mas mais importante, é que não importa o que realmente seja, mas que seja lá o que for aquilo, deve deixar de atormentá-la.
Se a função do cinema é fazer a platéia vivenciar experiências pelas quais nunca passaríamos, pelo menos não em situações normais, este filme excede qualquer expectativa e ainda o deixa imbatível em relação a todos os genéricos que tenham "exorcistas" no nome. Medo, esperança, horror, alívio, passamos por todo um carrossel de emoções durante a exibição, que esqueço de pensar um determinadas lógicas naturais e apenas vou sendo levado pelas experiências.
A história é bem conhecida entre os que viram o filme ou não, e foi adaptada do livro para as telas pelo próprio autor, William Peter Blatty (que levou um oscar). Diz-se que todos os detalhes, especialmente em relação aos ritos, são acurados, mas mesmo que não fossem, não fariam grande diferença pois me fisgou de qualquer maneira. Me interessa mais o padre com crise de fé que deve expulsar o diabo dela do que como ele vai fazer isso. Ele mesmo é relutante como a maior parte da platéia, o que ajuda a aumentar a experiência.
Talvez se tivesse optado por mostrar espíritos voando pelo quarto ou coisa do gênero, o filme poderia estar hoje ultrapassado. Felizmente, poucas vezes antes os efeitos especiais foram usados com tanta sobriedade quanto aqui. O quarto parece frio porque está realmente frio. A cama não dá impressão de mexer, ela realmente sai do lugar. Vemos o que realmente acontece, o que somente aumenta o efeito do filme. Se tudo que vemos é real, então talvez o que aconteça também seja. Nada de efeitos ou emoções baratas aqui.
Para completar, o elenco do filme é afiadíssimo. Blair faz a garota tão demoníaca que haviam os que dissessem que ela estava realmente possuída. Ellen Burstyn como a mãe atormentada pelo estado da filha está ótima. Jason Miller como o padre em crise está ótimo, complementado por Max von Sydow (estranhamente o único não indicado) como o padre veterano. 
É tudo isso que transforma o filme em uma experiência. E uma grande experiência.

2 comentários:

  1. Melhor filme de terror da história. Terrivelmente assustador.

    http://cinelupinha.blogspot.com/

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  2. Pra mim, o mais assustador é "O iluminado"!

    Abraços

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