NOTA: 5.
- No dia mais claro, na noite mais densa, nenhum mal escapará da minha presença, quem venera o mal há de penar, quando a força do lanterna verde enfrentar.
Mesmo que o mundo dos cinemas estivesse relegado aos filmes de super-heróis, este não seria um bom exemplar de diversão. Ao contrário de quando fez o reboot da série 007 com Cassino Royale, o diretor Martin Campbell falha ao criar uma nova e interessante franquia e cai no velho erro de privilegiar cenas de ação e efeitos especiais em detrimento de uma boa história. Nestes tempos em que a Marvel segue com sua sequência de bons filmes, a DC decepciona ao tentar expandir seu universo para além de Batman.
Logo no início, somos informados que há bilhões de anos uma antiga raça alienígenas criou uma patrulha intergalática para manter a paz no universo, e o separou em "distritos" vigiados por 3600 lanternas. Uma força maligna chamada Parallax, um dos antigos líderes que ficou vaidoso e acabou se transformando num monstro que se alimenta de medo, mata o lanterna que protege nosso setor e o anel escolhe como substituto Hal Jordan (Ryan Reynolds), um irresponsável piloto de caças. Hal descobre que o anel pode fazer tudo que sua mente imaginar, desde que sua mente consiga superar o medo que sente. Logo o medo, que o faz abandonar tudo que ele realiza em sua vida.
Que quase todas as origens de histórias em quadrinhos é ingênua, é notório. Principalmente se considerarmos a época em que esses heróis foram inventados. Mas a vantagem das novas adaptações pros cinemas, é que eles podiam ser reinventados de forma mais plausíveis. Aqui, esse conceito inexiste e o resultado parece mirar na platéia de 12 anos ou menos. Apenas uma sucessão de efeitos especiais multicoloridos e nem sempre interessantes.
O problema é que nada no filme parece real. Seja as muitas viagens espaciais, seja o perigo que o herói ou a Terra correm ou qualquer outra coisa. Tudo parece muito falso, tornando difícil de nos importar com qualquer coisa. Até mesmo com a destruição da Terra.
Como destaque positivo do filme, fica a atuação de Peter Sarsgaard como Hector Hammond. Ignorando o nome ridículo, ele é o personagem mais interessante do filme. Ele é um cientista com um certo ar superior que é chamado para investigar o cadáver do alienígena encontrado, mas para seu azar acaba sendo infectado por alguma substância provinda de Parallax e acaba se transformando num monstro cabeçudo e estranho. Mesmo assim rouba todas as cenas, pena que para se opor a ele não existe ninguém interessante no resto do filme.
Talvez os fãs vão gostar dessa adaptação. Talvez encontrem algumas referências além das que encontrei que os façam delirar. E visualmente, o filme não é realmente ruim. Ele tem um certo charme, pena que hoje não é mais suficiente. O filme precisava melhorar nas suas cenas de ação e principalmente no desenvolvimento da sua história e personagens. Por incrível que pareça, a melhor cena do filme é uma batalha aérea de caças que nada tem a ver com a história principal. Muito pouco.
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