NOTA: 8,5.
- Ela nunca vai ser como nós.
- Eu sei. Isso não é ótimo?
Este filme é baseado em fatos de uma história que não sabemos se é real ou não. Parece mais uma história estranha que lemos em revistas de fofoca sobre gente famosa ou mesmo em programas sensacionalistas. Podemos especular se são realmente culpados ou não, mas nunca saberemos o que realmente aconteceu. Apenas saber se foram culpados ou inocentados.
David Marks (Ryan Gosling) é um herdeiro de uma rica família nova-iorquina, família proprietária de inúmeros imóveis em uma famosa rua da cidade nos anos 1970. Acontece, que as propriedades eram alugadas para casas de strip tease, lojas de pornografia, "casas de massagem" e por aí vai. Também eram proprietários de um prédio, e é quando David teve que visitar um dos apartamentos é que se apaixonou pela sua inquilina, Katie (Kirsten Dunst). Eles se apaixonam e vão morar fora de NY, onde montam uma pequena loja de produtos saudáveis onde vivem felizes.
O patriarca da família é Sanford Marks (Frank Langella), um homem severo e grosso que comanda a família com pulso de ferro. É ele que "convence" David a voltar para NY e ajudar nos negócios da família. David parece no início do filme como se fosse quase um hippie. Aparentemente, ele poderia viver o resto da sua vida morando no interior com sua mulher. Mas algo muda quando ele se muda para Manhattan. Katie gosta do luxo, mas vive infeliz, e o amável hippie por quem se apaixonou desaparece.
O filme começa com o julgamento de David em 2003 (ainda interpretado por Gosling debaixo de uma pesada maquiagem). Ele está respondendo pelo desaparecimento de sua esposa que aconteceu quase 20 anos antes. Ele é um provável suspeito, mas como tem um forte álibi nunca foi indiciado. Sabendo disso, pode-se imaginar milhões de possibilidades para a transformação de seu personagem, como o pai o pressionando até que ele não aguenta mais ou coisa do tipo. A verdade é que o que acontece com David é muito mais sinistro e bizarro. E nada mais sobre isso eu vou contar.
Um dos pontos mais interessantes do filme é o casal vivido por Gosling e Dunst. Ela convence muito bem como a mulher apaixonada que descobre não saber quem seu marido realmente é. Seu marido vai sumindo numa transformação que não deixaria nada a dever pra Jekyl e Hide e ela simplesmente não sabe como agir. E Gosling mostra ser um ator de mão cheia apresentando um personagem com muitas nuances e esquisitices. Ambos funcionam muito bem.
O diretor Andrew Jarecki oferece uma possibilidade de solução do caso do desaparecimento de Katie e o álibi de David. Já eu, não consigo entender a mente de David Marks e não sei se Jarecki conseguiu entender. Como disse, não sabemos o que realmente aconteceu ou como o crime foi cometido, se é que um crime foi cometido. E acho que esse é o grande barato do filme, principalmente quando forem assistir e perceberem personagens chaves que fiz questão de nem mencionar aqui.
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