quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MISSÃO IMPOSSÍVEL - MISSION IMPOSSIBLE





NOTA: 7.
- Como o pegamos? Botamos um oficial no aeroporto? Quantas identidades você acha que Hunt tem? Esses caras foram treinados para serem fantasmas. Nós os treinamos para serem assim.

Foi em 1996 que Tom Cruise decidiu ser o produtor de seus próprios filmes. Um dos maiores astros do cinema atual, decidiu que seu primeiro filme seria uma adaptação para os cinemas da série de sucesso de mesmo nome. Ainda que o filme tenha envelhecido um pouco, ainda é a referência que seus sucessores seguem. A cena mais famosa onde Hunt desce por uma corda dentro de um cofre é tão boa que foi adaptada para todos os outros três filmes. Gostando do filme ou não, ninguém pode deixar de admitir que ele é um sucesso.
Cruise é Ethan Hunt, um agente de uma força tarefa chamada IMF (Impossible Mission Force). Seu líder é Jim Phelps (Jon Voight) e a missão do grupo é impedir o roubo de uma lista que eles chamam de NOC (Non Official Covers, os agente não oficiais do governo). Não basta apenas impedir, eles devem filmar o roubo e seguir o meliante para descobrir a quem ele vai passar a lista. A missão dá errado, todos os membros da sua equipe morrem e ele é considerado um traidor.
O filme é dirigido por Brian De Palma, um mestre de filmes de suspense que é, provavelmente, o mais próximo que tínhamos de um Hitchcock moderno. Talvez por isso ele tenha aceitado fazer esse filme que pouco tem de suspense, mas conta a história do homem inocente que foge e tenta provar sua inocência por conta própria. Qualquer semelhança com muitos dos filmes de Hitchcock não deve ser mera coincidência.
Existem muitas voltas e reviravoltas na trama, e tudo acontece tão rapidamente que começamos a aceitar que nada do que aparece é real. Nenhum fato, nenhum pensamento ou mesmo um rosto, já que falsas máscaras de látex podem fazer com que qualquer pessoa se transforme em outra. Há tantas questões que podiam ser levantadas sobre o filme, que o melhor é não pensar em nenhuma delas. É um filme pra ser visto naquele instante e curtido naquele instante apenas.
De Palma gosta de realizar longas cenas sem falas ou onde as falas não interessam em nada ao que está acontecendo. Aqui ele tem a chance de brincar com três cenas assim: a perseguição final em um trem bala, uma recepção diplomática onde o roubo da lista vai acontecer e a famosa cena onde ele fica suspenso pela corda sem poder fazer barulho ou tocar o chão pois isso acionaria o alarme (apesar de o limite de ruído ser tolerante o suficiente para que ele possa inserir e retirar um disco).
Nada disso importa. O que importa é que Cruise parece "cool" e é realmente um astro que nos segura durante um filme inteiro. Mesmo que esteja fazendo coisas que não entendemos muito bem em uma trama confusa e um pouco complicada de se acompanhar. É a esperteza de De Palma que faz um filme num ritmo frenético para que realmente não possamos acompanhar nada com clareza. Para o diretor, o que importa aqui é o estilo do filme, não sua história. E isso ele faz muito bem.

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