segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MISSÃO IMPOSSÍVEL 2 - MISSION: IMPOSSIBLE II





NOTA: 7,5.
- Toda a busca por um herói deve começar com que todo herói requer: um vilão.

O segundo filme apresenta uma leve melhora em relação ao primeiro. Sai Brian De Palma e entra o mestre dos filmes de ação John Woo, que nos EUA já tinha feito O alvo, A última ameaça e A Outra face. Woo ajuda a consolidar uma coisa que já começava a se desenhar no primeiro filme: Ethan Hunt é o agente secreto da nova era. Ele foi o predecessor de Jason Bourne e até mesmo do novo James Bond interpretado por Daniel Craig. Os antigos 007 eram os espiões de antigamente, Hunt é o de agora.
Isso quer dizer que certas regras mudaram. Ele pode ser sexy, mas isso não é usado como se fosse uma arma. Eles não trabalham apenas para um país, mas para uma força internacional (pensamento global de hoje). Não bebem e não fumam, o que ajuda a manter a forma de atletas que eles tem. E é assim que conseguimos manter a impressão de que ele é uma pessoa que realmente pode realizar as coisas que acontecem nas telas. O novo espião não é escolhido por acaso, ele é um homem com habilidades muito acima da média.
Outra mudança drástica em relação ao primeiro é a trama. O primeiro tinha um roteiro que não conseguíamos entender muito bem. Agora, o que temos é uma história que não precisamos entender. Como o próprio Robert Towne (roteirista) declarou: "O roteiro foi escrito em cima de uma série de cenas de ação que John Woo queria dirigir para esse filme". Sendo assim, o roteiro aqui na verdade só serve para costurar os espaços entre as tais cenas.
Ou seja: Hunt (Cruise) recebe a missão de achar e recrutar uma ladra chamada Nyah (Thandie Newton) e levá-la para um lugar onde vão receber mais instruções. Eles acabam se apaixonando. A missão é que Nyah deve se envolver romanticamente com um ex-amante que planeja espalhar um terrível vírus que mata em 20 horas. Uma trama que lembra muito Interlúdio, de Hitchcock. Uma coisa bem colocada no roteiro é o timing. Nosso herói deve correr dentro do limite de tempo. Depois de 20 horas, será tudo tarde demais.
O filme usa como referência o próprio filme anterior da série, mas com um pouco mais de violência que o primeiro. A cena de Tom Cruise descendo por uma corda está no filme, apenas um pouco mais frenética do que na versão anterior. Assim como nosso herói pega em armas para atirar, um pouco o contrário do que ele fez no filme anterior.
Esse filme é uma evolução do anterior. Um pouco mais seguro do que querem dos personagens e do que querem mostrar nas telas. As cenas de ação são mais interessantes que o primeiro e tem também uma história melhor, apesar de fazer um uso um pouco irritante de tantas máscaras. É um filme de puro escapismo que nunca pretende ser mais do que isso. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...