NOTA: 6.
- Eu não sabia o que estava esperando por mim. Embora meu estômago estivesse revirando e meus olhos lacrimejando, eu pus na minha cabeça que nada ia me deter. Nem mesmo eu.
Há algum tempo, Hollywood vem revisitando a tragédia de 11 de setembro. Seja através de referências um pouco tímidas com medo de ofender os espectadores, seja de forma escancarada e disfarçada de documentário como Fahrenheit 9/11. Talvez o motivo seja porque não importa o quanto se tente, nenhum filme vai conseguir um momento catártico falando de uma tragédia como essa. Aqui a tragédia não mostra sacrifício, reflexão ou pesar, reflete apenas um mal gosto ao se referir ao tema.
É a história de um menino de 11 anos de idade chamado Oskar Schell (Thomas Horn), cujo pai Thomas Schell (Tom Hanks) morreu em uma das torres gêmeas atingidas pelos aviões. Sua mãe (Sandra Bullock) chora pelo marido, já Oskar lamenta a morte de seu pai procurando vídeos na internet de pessoas que se jogaram do prédio e imaginando se é seu pai, mantendo um santuário secreto em sua homenagem ou relembrando dele em flashbacks.
Até que um dia ele encontra uma chave escondida em um envelope com o nome Black escrito. Acostumado com jogos que seu pai sempre o preparou para desvendar, Oskar acredita que seja uma pista que deve seguir para descobrir algo que seu pai lhe deixou. Cheio de manias, ele se arma de máscara de gás, alguns outros objetos e um pandeiro que toca para não ter um ataque de ansiedade. Talvez o menino sofra de síndrome de Asperger, o que o faz ser um gênio mas sem traquejos sociais. Talvez esses jogos fossem uma maneira de seu pai fazer com que ele saísse de casa e se relacionasse com pessoas. Ou talvez seja simplesmente que não haja jogo nenhum.
Sem se importar com o que seja, Oskar não se detém de jeito nenhum em sua busca. Seja correndo de um lado para o outro (ele não usa transporte público) ou enfrentando seus medos da forma que pode. Ele ressente de sua mãe por ter sobrevivido e não seu pai. Ele não faz ideia do quanto machuca sua mãe com isso, mas só parece se importar em seguir de forma que seu pai ainda possa ter lhe deixado algo.
Não acompanhamos todas as visitas que Oskar faz a todos os Blacks (são 472) que encontra na lista telefônica, mas alguns encontros interessantes. Logo na sua primeira visita, ele bate na porta de Abby Black (Viola Davis), que é gentil o suficiente para deixar que o garoto entre em sua casa e ouvir a história dele, mas o menino não consegue compreender que ela está passando por um crise em seu casamento naquele momento. É uma cena tocante em especial pela atuação de Davis, e é uma pena que o filme não tenha outras cenas poderosas como essa.
O fato de o menino seguir sozinho pela cidade é um tanto quanto surreal. No prédio ele é superficialmente vigiado por um porteiro (John Goodman) e faz um amigo. Um velho senhor que se mudou para o apartamento de sua avó e que se diz ser o locatário. Ele não pode falar, ou simplesmente não irá dizer nada. Ele segue ajudando o menino em sua busca pelo Black correto ou o lugar que sua chave possa abrir se comunicando apenas através de palavras escritas em um bloco.
A verdade é que esse filme não é sobre o atentado. É apenas uma desculpa para tentar levar as platéias para emoções genéricas como solidão, tristeza ou mesmo felicidade. Você vai descobrir sobre a chave ou mesmo sobre a pessoa procurada, e eu descobri que falta uma história sobre um menino que perdeu seu pai no atentado que realmente mereça ser contada. Mesmo para mim, brasileiro, o filme sobre uma tragédia como essa parece sem sentido, e como disse: de mal gosto.
É a história de um menino de 11 anos de idade chamado Oskar Schell (Thomas Horn), cujo pai Thomas Schell (Tom Hanks) morreu em uma das torres gêmeas atingidas pelos aviões. Sua mãe (Sandra Bullock) chora pelo marido, já Oskar lamenta a morte de seu pai procurando vídeos na internet de pessoas que se jogaram do prédio e imaginando se é seu pai, mantendo um santuário secreto em sua homenagem ou relembrando dele em flashbacks.
Até que um dia ele encontra uma chave escondida em um envelope com o nome Black escrito. Acostumado com jogos que seu pai sempre o preparou para desvendar, Oskar acredita que seja uma pista que deve seguir para descobrir algo que seu pai lhe deixou. Cheio de manias, ele se arma de máscara de gás, alguns outros objetos e um pandeiro que toca para não ter um ataque de ansiedade. Talvez o menino sofra de síndrome de Asperger, o que o faz ser um gênio mas sem traquejos sociais. Talvez esses jogos fossem uma maneira de seu pai fazer com que ele saísse de casa e se relacionasse com pessoas. Ou talvez seja simplesmente que não haja jogo nenhum.
Sem se importar com o que seja, Oskar não se detém de jeito nenhum em sua busca. Seja correndo de um lado para o outro (ele não usa transporte público) ou enfrentando seus medos da forma que pode. Ele ressente de sua mãe por ter sobrevivido e não seu pai. Ele não faz ideia do quanto machuca sua mãe com isso, mas só parece se importar em seguir de forma que seu pai ainda possa ter lhe deixado algo.
Não acompanhamos todas as visitas que Oskar faz a todos os Blacks (são 472) que encontra na lista telefônica, mas alguns encontros interessantes. Logo na sua primeira visita, ele bate na porta de Abby Black (Viola Davis), que é gentil o suficiente para deixar que o garoto entre em sua casa e ouvir a história dele, mas o menino não consegue compreender que ela está passando por um crise em seu casamento naquele momento. É uma cena tocante em especial pela atuação de Davis, e é uma pena que o filme não tenha outras cenas poderosas como essa.
O fato de o menino seguir sozinho pela cidade é um tanto quanto surreal. No prédio ele é superficialmente vigiado por um porteiro (John Goodman) e faz um amigo. Um velho senhor que se mudou para o apartamento de sua avó e que se diz ser o locatário. Ele não pode falar, ou simplesmente não irá dizer nada. Ele segue ajudando o menino em sua busca pelo Black correto ou o lugar que sua chave possa abrir se comunicando apenas através de palavras escritas em um bloco.
A verdade é que esse filme não é sobre o atentado. É apenas uma desculpa para tentar levar as platéias para emoções genéricas como solidão, tristeza ou mesmo felicidade. Você vai descobrir sobre a chave ou mesmo sobre a pessoa procurada, e eu descobri que falta uma história sobre um menino que perdeu seu pai no atentado que realmente mereça ser contada. Mesmo para mim, brasileiro, o filme sobre uma tragédia como essa parece sem sentido, e como disse: de mal gosto.
kkkkkk vlw peguei pra faze um trabalho de português --'
ResponderExcluiro filme tem uma conotação puramente psicólogica, quando o menino não consegue elaborar o luto, sofre com estresse pós traumático,com quadros de histeria, se beliscando e com movimentos esteriotipados. Era necessário passar por toda sua busca para elaborar seu luto. O provável avô o ajudava com técnicas de enfrentamento, como o metrô e a ponte. A mâe o acompanhava ou melhor, o antecipava, preparando o caminho para que não acontecesse algum fato traumático com o menino.
ResponderExcluirO filme retrata e representa o sofrimento de vários filhos em relação ao atentado. Muitas vezes gostaríamos de ver cenas fortes, esquecemos do sofrimento solitário de várias pessoas que perderam entes queridos.
Parabenizo o autor e diretor do filme pela ótica diferenciada.
A cura da dificuldade de elaboração do luto, da aceitação da perda da pessoa querida e todos seus sintomas é possível com um trabalho profissional da psicologia e psiquiatria, não esquecendo do essencial que é o amor das pessoas próximas e da Graça de Deus.
Este filme foi muito feliz em ter entrado em cena, além das perdas que a tragédia provocou, ainda mostra o lado família.Às vezes o filme mostra o óbvio, mas neste em especial, se apresenta em várias faces, por exemplo no que tange o relacionamento entre pais e filhos, a relação que o pai tinha com o filho, o apoio que uma mãe da ao filho sem mesmo perceber, achando que só através de brincadeiras é que é bem vindo,e aí entra o entendimento do menino em relação à sua mãe, o caminho preparado pra ele seguir em frente, ou seja, a mãe é tão sagrada que mesmo de longe está dentro do seu filho e muitas vezes não percebe. Depois temos o suposto avô, e vem a pergunta do porquê que ele não fala, muitas vezes pra mostrar que as atitudes falam por si só.Beijos
ResponderExcluirQuestão de gosto mesmo.
ExcluirGostaria de saber qual o nome utilizado no filme para se referir ao jogo decontrovérsias entre o menino e o pai
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