NOTA: 9.
- Nós precisamos de heróis. As pessoas torcem para eles, gritam seu nome. Eu acredito que há um herói em todos nós. Que nos mantém honestos, nos dá força e nos faz nobres. Mesmo que tenhamos que desistir da coisa que mais queremos. Mesmo dos nossos sonhos.
Agora sim um filme que merece o rótulo de grande filme de super-heróis. Não apenas isso, um filme que realmente remete ao personagem e ao tipo de história que as pessoas que estão acostumadas a ler os quadrinhos vão identificá-lo plenamente. Aqui, não falo nem de efeitos especiais ou apenas uma boa história bem contada, falo que todo um clima. O verdadeiro clima de uma história de Homem-Aranha. Uma história em especial é a que vemos um Peter Parker que não sabe se está disposto a carregar o fardo de ser o herói que todos querem que ele seja. No filme, o diretor até usa a capa da revista onde Parker abandona o uniforme no lixo.
Peter (Tobey Maguire) não se encontra melhor do que o excluído socialmente que era no primeiro filme. Na verdade, está ainda pior. Ser o herói está tomando muito mais do que sua horas vagas. Peter não consegue trabalhar direito, e olhe que é um trabalho de entregador de pizzas, assim como não consegue estudar direito. Seus trabalhos estão todos atrasados, ele é demitido, perto de reprovar na faculdade, morando num cubículo e sequer conseguiu assistir a peça de Mary Jane.
Tudo o que não considerei bom no primeiro filme foi corrigido aqui. Sam Raimi, agora mais familiarizado com o material e em como filmar um filme desse porte, sabe exatamente para onde deve levar o filme. Assim, as cenas de ação e as cenas dramáticas não parecem deslocadas uma das outras. Grande parte também por causa da evolução dos efeitos que melhoraram consideravelmente. O Homem-Aranha agora parece realmente de carne e osso.
Dessa vez o vilão é o Dr. Otto Octavius (Alfred Molina), brilhante cientista que promete criar uma nova fonte de energia barata e sustentável. Ou destruir toda a cidade. Peter admira esse cientista. Para ajudar no experimento, Otto cria quatro tentáculos que obedecem aos seus comandos. Quando o experimento dá errado, os tentáculos se incorporam ao corpo do cientista e começam a dominar sua mente, o deixando maligno. Esse novo Doc Ock vai tentar repetir o experimento, nem que tenha que roubar para financiar tudo e realmente destruir a cidade no processo.
Nesse meio tempo, Peter primeiro decide que não pode ficar com MJ para que ela não corra perigo. Depois disso, ela fica noiva e ele decide que quer ficar com ela. Na verdade, ele descobre o que já havia falado antes, que o fardo é pesado demais para suportar. Assim, ele decide abandonar a carreira de herói. Claro que infelizmente os vilões não decidem a mesma coisa e somente o Aranha pode deter Doc Ock. Ele deve deixar de lado seus desejos de uma vida normal e cumprir o seu papel.
As duas histórias são muito bem contadas, dessa vez. As cenas de ação não estão lá simplesmente para dar mais emoção ao filme, elas estão lá para levar a história adiante. E quando há personagens falando, eles falam de amor, heroísmo, amizade e outros valores. Não há sequer um momento tentando explicar porque seus poderes falham. Isso não vem ao caso. Tudo aqui traz profundidade ao filme. Por isso ele funciona tão bem. Além disso, foge do simples rótulo de filme de super-heróis e passa a ser um filme que possa ser apreciado por fãs ou não. Até agora, a aventura definitiva do Aranha.
Adoro os filmes do Homem-Aranha, é daqueles filmes de super-heróis em que podemos ver personagens reais, com conflitos reais. Muito bom mesmo!
ResponderExcluirhttp://cinelupinha.blogspot.com/
Esse é de fato um filme excepcional, um dos melhores já feitos baseados em HQs
ResponderExcluirRafael W.:
ResponderExcluirEssa humanidade excessiva que o torna bem interessante mesmo, mas mais por ele ser pobre do que por outra coisa.
Meio engraçado isso, né?
Rafael Barbosa:
Realmente um dos melhores, não há como negar.