NOTA: 9.
- Mesmo com meus olhos bem abertos, eu não posso ver nada.
Como de costume, o diretor Takeshi Kitano também atua em um dos papéis principais do seu filme, mas este não é um filme usual do diretor. Ao contrário dos seus demais filmes mais reconhecidos, este se passa no tempo do Japão Feudal, contando a lendária história do samurai cego.
Assim como os outros personagens que costuma interpretar, Zatoichi também é um sujeito durão, sisudo e de poucas palavras que anda com seu cajado que se transforma em uma espada. Ele segue sua vida pelo código dos samurais, mas este parece um pouco distorcido (tomando como base os outros filmes de samurais) pelas suas próprias regras. Talvez por isso ele ainda se mantenha vivo.
O samurai é um errante que vai caminhando pelo Japão como um massagista. O fato do personagem ser agora interpretado por Kitano, dá uma nova dimensão a ele, o que o torna muito interessante. Quase sempre sério, mas que se permite rir para si mesmo por um segundo. Sua falta de visão faz com que perceba as coisas ao seu redor melhor do que nó que enxergamos. Este é um homem realmente perigoso.
Outro trunfo de Kitano, é dar espaço para outros personagens do filme. Ele recebe abrigo de uma velha senhora que trabalha com cultivo. Um dia, com o sobrinho dela, ele conhece também duas geixas (uma na verdade é um menino) que ficaram órfãs depois de o chefão da cidade liquidou toda a sua família. Há também o guarda-costas do tal chefão, um ronin muito habilidoso que vende suas habilidades com a espada para poder cuidar da irmã doente. Todos os personagens com dimensão e profundidade.
Apesar de não prometer ajuda ou vingança para as geixas, eventualmente os capangas do chefão vão aparecendo em seu caminho e vão tombando diante sua espada/cajado. Não é preciso dizer que é questão de tempo até que os dois (ele e o ronin) cheguem a um embate.
O diretor se valeu de uma tática interessante para realizar esse filme: embora as lutas pareçam muito verossímeis, o sangue parece extremamente falso. Não acho que deva ser qualquer tipo de falha, apenas acredito que foi uma opção estética mesmo e o resultado é bom. A cada corte da espada, um sangue artificial e feito no computador esguicha para onde quer que o diretor queira. O foco dele não são as lutas de espadas, apesar dessas existirem, é a história. Veja um exemplo de quando ele luta com uns 8 homens em uma casa de aposta, não vemos como ele realmente mata a todos, apenas vemos o sangue espirrando e os corpos caindo. De certa forma, nessa luta, estamos tão cegos quanto ele.
O filme de Kitano é um alento para os fãs do gênero. Talvez por ser um diretor já reconhecido, ele se dá ao luxo de fugir do lugar comum e entregar um filme diferente do que estamos acostumados. Pra mim o resultado é ótimo.
Assim como os outros personagens que costuma interpretar, Zatoichi também é um sujeito durão, sisudo e de poucas palavras que anda com seu cajado que se transforma em uma espada. Ele segue sua vida pelo código dos samurais, mas este parece um pouco distorcido (tomando como base os outros filmes de samurais) pelas suas próprias regras. Talvez por isso ele ainda se mantenha vivo.
O samurai é um errante que vai caminhando pelo Japão como um massagista. O fato do personagem ser agora interpretado por Kitano, dá uma nova dimensão a ele, o que o torna muito interessante. Quase sempre sério, mas que se permite rir para si mesmo por um segundo. Sua falta de visão faz com que perceba as coisas ao seu redor melhor do que nó que enxergamos. Este é um homem realmente perigoso.
Outro trunfo de Kitano, é dar espaço para outros personagens do filme. Ele recebe abrigo de uma velha senhora que trabalha com cultivo. Um dia, com o sobrinho dela, ele conhece também duas geixas (uma na verdade é um menino) que ficaram órfãs depois de o chefão da cidade liquidou toda a sua família. Há também o guarda-costas do tal chefão, um ronin muito habilidoso que vende suas habilidades com a espada para poder cuidar da irmã doente. Todos os personagens com dimensão e profundidade.
Apesar de não prometer ajuda ou vingança para as geixas, eventualmente os capangas do chefão vão aparecendo em seu caminho e vão tombando diante sua espada/cajado. Não é preciso dizer que é questão de tempo até que os dois (ele e o ronin) cheguem a um embate.
O diretor se valeu de uma tática interessante para realizar esse filme: embora as lutas pareçam muito verossímeis, o sangue parece extremamente falso. Não acho que deva ser qualquer tipo de falha, apenas acredito que foi uma opção estética mesmo e o resultado é bom. A cada corte da espada, um sangue artificial e feito no computador esguicha para onde quer que o diretor queira. O foco dele não são as lutas de espadas, apesar dessas existirem, é a história. Veja um exemplo de quando ele luta com uns 8 homens em uma casa de aposta, não vemos como ele realmente mata a todos, apenas vemos o sangue espirrando e os corpos caindo. De certa forma, nessa luta, estamos tão cegos quanto ele.
O filme de Kitano é um alento para os fãs do gênero. Talvez por ser um diretor já reconhecido, ele se dá ao luxo de fugir do lugar comum e entregar um filme diferente do que estamos acostumados. Pra mim o resultado é ótimo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário