Graças a um problema no Blogger, as postagens de quarta-feira até sexta-feira foram apagadas. Aparentemente, um problema que aconteceu com todo mundo. Felizmente, consegui resgatar a postagem de quarta e estou postando novamente para quem não leu.
NOTA: 100.
- Qual é o seu problema? Isso não é pelo dinheiro. Não podia ligar menos para o dinheiro. Está vendo esse lugar? Eu construí com minhas próprias mãos.
Não há nada minimalista neste filme de Spike Lee. Este é um filme que vibra em cores, ódio, preconceito e intolerância, e tudo isso no calor de um único dia no Brooklyn. É também um filme controverso que causa muita discussão sobre ele. Especialmente o final.
Talvez algumas pessoas possam achar o filme confuso, mas devemos nos perguntar se ele não deve ser confuso. Lee faz uma mistura de personagens que mora nos bairros: são latinos, asiáticos, negros, brancos e descendentes de italianos. A grande genialidade, é que ele consegue falar de racismo entre todas essas raças e em momento nenhum toma parte de qualquer um. Ninguém aqui está certo, ninguém está errado. Há apenas a forma que eles e pronto. E todos os personagens são enfatizados.
O próprio Lee faz um personagem, Mookie, um entregador de pizza da pizzaria de Sal (Danny Aiello), o descendente de italiano que montou seu restaurante há muitos anos no bairro e toma conta com a ajuda de seus filhos, Pino (John Turturro) e Vito (Richard Edson). Mookie é casado com uma latina com quem tem uma filha e leva horas entre uma entrega e outra, e entre essas andanças ele passa por outros personagens como "Da Mayor", um homem que se diz o prefeito e que varre a calçada por alguns trocados.
Desde o início do filme, Lee ressalta o calor que está fazendo. Aquele tipo de calor que incomoda qualquer pessoa. Incomoda ao ponto de deixar as pessoas ainda mais intolerantes. Um homem que vai comprar pilhas para o seu rádio no mercado, quase arruma uma briga porque os asiáticos não entendem o tipo de pilha que ele quer. Qualquer coisa é motivo de confusão. E conforme o dia vai passando, as coisas não ficam melhores. Tudo vai chegando ao clímax onde todos são afetados.
Apesar de ser um bairro de maioria negra, não há um único negócio que apareça no filme que tenha um dono negro. A pizzaria é de um italiano e o mercado é dos asiáticos. As fotos na parede da pizzaria são todos de atores ítalo-americanos famosos. "Por que não há uma foto de uma celebridade negra?", Buggin Out (Giancarlo Esposito) pergunta. Abra seu próprio negócio e coloque a foto de quem quiser, é a resposta de Sal. Ele volta na pizzaria com Radio Raheem (Bill Nunn), que também está irritado com Sal por ele pedir para baixar seu rádio. Raheem está errado por incomodar todos com o som, Sal fica errado por quebrar o rádio e quando a polícia chega eles também incorrem em erro. Tudo é realmente uma confusão só.
O dia seguinte não traz melhoras. Todos tratam apenas de pegar o que sobrou de suas vidas e seguir adiante. Uns sem negócios, outros sem emprego e há aqueles que não vão ter mais nada. Ainda assim, nada muda no bairro. Talvez seja assim que as coisas funcionam. Lee deu uma entrevista recentemente onde lhe perguntaram se ele tinha feito a coisa certa no filme. Ele respondeu dizendo que nunca um negro lhe perguntou isso. Esse é o tipo de atitudes pungentes que temos no filme. Por isso ele é tão brilhante. Seja você quem for.
Talvez algumas pessoas possam achar o filme confuso, mas devemos nos perguntar se ele não deve ser confuso. Lee faz uma mistura de personagens que mora nos bairros: são latinos, asiáticos, negros, brancos e descendentes de italianos. A grande genialidade, é que ele consegue falar de racismo entre todas essas raças e em momento nenhum toma parte de qualquer um. Ninguém aqui está certo, ninguém está errado. Há apenas a forma que eles e pronto. E todos os personagens são enfatizados.
O próprio Lee faz um personagem, Mookie, um entregador de pizza da pizzaria de Sal (Danny Aiello), o descendente de italiano que montou seu restaurante há muitos anos no bairro e toma conta com a ajuda de seus filhos, Pino (John Turturro) e Vito (Richard Edson). Mookie é casado com uma latina com quem tem uma filha e leva horas entre uma entrega e outra, e entre essas andanças ele passa por outros personagens como "Da Mayor", um homem que se diz o prefeito e que varre a calçada por alguns trocados.
Desde o início do filme, Lee ressalta o calor que está fazendo. Aquele tipo de calor que incomoda qualquer pessoa. Incomoda ao ponto de deixar as pessoas ainda mais intolerantes. Um homem que vai comprar pilhas para o seu rádio no mercado, quase arruma uma briga porque os asiáticos não entendem o tipo de pilha que ele quer. Qualquer coisa é motivo de confusão. E conforme o dia vai passando, as coisas não ficam melhores. Tudo vai chegando ao clímax onde todos são afetados.
Apesar de ser um bairro de maioria negra, não há um único negócio que apareça no filme que tenha um dono negro. A pizzaria é de um italiano e o mercado é dos asiáticos. As fotos na parede da pizzaria são todos de atores ítalo-americanos famosos. "Por que não há uma foto de uma celebridade negra?", Buggin Out (Giancarlo Esposito) pergunta. Abra seu próprio negócio e coloque a foto de quem quiser, é a resposta de Sal. Ele volta na pizzaria com Radio Raheem (Bill Nunn), que também está irritado com Sal por ele pedir para baixar seu rádio. Raheem está errado por incomodar todos com o som, Sal fica errado por quebrar o rádio e quando a polícia chega eles também incorrem em erro. Tudo é realmente uma confusão só.
O dia seguinte não traz melhoras. Todos tratam apenas de pegar o que sobrou de suas vidas e seguir adiante. Uns sem negócios, outros sem emprego e há aqueles que não vão ter mais nada. Ainda assim, nada muda no bairro. Talvez seja assim que as coisas funcionam. Lee deu uma entrevista recentemente onde lhe perguntaram se ele tinha feito a coisa certa no filme. Ele respondeu dizendo que nunca um negro lhe perguntou isso. Esse é o tipo de atitudes pungentes que temos no filme. Por isso ele é tão brilhante. Seja você quem for.
Nenhum comentário:
Postar um comentário