NOTA: 4.
- Você acha que eu sou um herói? Não sou um herói. Eu sou um andarilho sem nada a perder.
A pergunta mais recorrente durante o filme é: "Quem é Jack Reacher?". No cartaz, como podemos perceber acima, Tom Cruise é Jack Reacher. Resumindo para você, durante o filme não vai descobrir muito mais do que isso sobre o personagem. É um arquétipo de herói, com um passado conhecido mas que não diz nada sobre ele, andando por lugares onde resolve problemas. O conceito me lembra um pouco o "Homem Sem Nome" interpretado por Clint Eastwood nos antigos filmes de Sergio Leone.
O filme é dirigido e roteirizado por Christopher McQuarrie, que em 1995 impressionou o cinema com o roteiro de Os suspeitos, dirigido por Bryan Singer. Cinco anos depois ele dirigiu seu primeiro filme, A sangue frio, com Benício Del Toro e e Ryan Phillippe e o resultado foi um filme decepcionante que tentava ter muito estilo, mas não conseguia, e tinha pouco conteúdo. Mais de dez anos depois ele volta à cadeira de direção e mostra um resultado que não é muito diferente do anterior.
Um homem abre fogo matando pessoas ao acaso e foge da cena do crime. Vemos quem disparou os tiros e depois vemos uma outra pessoa sendo presa pelos crimes. No interrogatório, ele escreve em um papel "Procurem Jack Reacher", e somente o que a polícia consegue encontrar é seu registro militar. Como dizem nos velhos clichês de filmes de ação, "é um homem que só vai ser encontrado se quiser ser encontrado". Para a sorte deles, o próprio Jack Reacher aparece para encontrá-los antes mesmo que possam esboçar alguma reação a respeito.
Acontece que Reacher não é amigo do homem acusado. Eles se conheceram no exército e ele veio para onde os crimes aconteceram apenas para ter certeza que ele ia ser punido adequadamente, pois no passado conseguiu escapar de outro crime impune. Ele é convencido pela advogada de defesa, Helen (Rosamund Pike), a investigar o caso para ela. E o que ele descobre é o que cada espectador sabe desde o momento em que um homem diferente daquele que atirou foi preso: 1. ele não é realmente o atirador; e 2. há algo mais por trás dos crimes.
O problema é que tudo volta para o primeiro parágrafo. A principal pergunta do filme não é o crime, é "quem é Jack Reacher?", e o resultado é bem menos interessante do que qualquer um poderia imaginar. O personagem é bem menos enigmático do que deveria (ou pelo menos do que aparenta) ser, e consequentemente bem menos interessante. Pra piorar, ele é interpretado por um Cruise em piloto automático. Ele pode não ser um dos melhores atores que temos nos cinemas, mas com certeza é capaz de fazer bem mais do que apresenta aqui. Sem uma interpretação convincente Reacher se torna uma casca vazia que parece apenas agir e nada mais.
O mais interessante do filme é assistir não o personagem título, o que é um conceito meio estranho. Werner Herzog, diretor alemão de grandes filmes, interpreta o misterioso prisioneiro russo Zec e consegue ser o melhor do filme (além de ser o único realmente assustador). Robert Duvall chamado a participar de um tiroteiro gratuito oferece certa graça. E Rosamund Pike, que ainda consegue dar alguma identidade à sua personagem que nada mais é que uma colagem de emoções que mudam de acordo com a necessidade do filme. Isso porque de resto, o filme se presta apenas a mostrar perseguições, tiros e muitas lutas (uma em especial se dá ao luxo de ser um pastelão com pouca graça). E o mais estranho é termos um diretor cuja principal função é ser roteirista apresentar um filmes com diálogos tão sofríveis.
O filme é dirigido e roteirizado por Christopher McQuarrie, que em 1995 impressionou o cinema com o roteiro de Os suspeitos, dirigido por Bryan Singer. Cinco anos depois ele dirigiu seu primeiro filme, A sangue frio, com Benício Del Toro e e Ryan Phillippe e o resultado foi um filme decepcionante que tentava ter muito estilo, mas não conseguia, e tinha pouco conteúdo. Mais de dez anos depois ele volta à cadeira de direção e mostra um resultado que não é muito diferente do anterior.
Um homem abre fogo matando pessoas ao acaso e foge da cena do crime. Vemos quem disparou os tiros e depois vemos uma outra pessoa sendo presa pelos crimes. No interrogatório, ele escreve em um papel "Procurem Jack Reacher", e somente o que a polícia consegue encontrar é seu registro militar. Como dizem nos velhos clichês de filmes de ação, "é um homem que só vai ser encontrado se quiser ser encontrado". Para a sorte deles, o próprio Jack Reacher aparece para encontrá-los antes mesmo que possam esboçar alguma reação a respeito.
Acontece que Reacher não é amigo do homem acusado. Eles se conheceram no exército e ele veio para onde os crimes aconteceram apenas para ter certeza que ele ia ser punido adequadamente, pois no passado conseguiu escapar de outro crime impune. Ele é convencido pela advogada de defesa, Helen (Rosamund Pike), a investigar o caso para ela. E o que ele descobre é o que cada espectador sabe desde o momento em que um homem diferente daquele que atirou foi preso: 1. ele não é realmente o atirador; e 2. há algo mais por trás dos crimes.
O problema é que tudo volta para o primeiro parágrafo. A principal pergunta do filme não é o crime, é "quem é Jack Reacher?", e o resultado é bem menos interessante do que qualquer um poderia imaginar. O personagem é bem menos enigmático do que deveria (ou pelo menos do que aparenta) ser, e consequentemente bem menos interessante. Pra piorar, ele é interpretado por um Cruise em piloto automático. Ele pode não ser um dos melhores atores que temos nos cinemas, mas com certeza é capaz de fazer bem mais do que apresenta aqui. Sem uma interpretação convincente Reacher se torna uma casca vazia que parece apenas agir e nada mais.
O mais interessante do filme é assistir não o personagem título, o que é um conceito meio estranho. Werner Herzog, diretor alemão de grandes filmes, interpreta o misterioso prisioneiro russo Zec e consegue ser o melhor do filme (além de ser o único realmente assustador). Robert Duvall chamado a participar de um tiroteiro gratuito oferece certa graça. E Rosamund Pike, que ainda consegue dar alguma identidade à sua personagem que nada mais é que uma colagem de emoções que mudam de acordo com a necessidade do filme. Isso porque de resto, o filme se presta apenas a mostrar perseguições, tiros e muitas lutas (uma em especial se dá ao luxo de ser um pastelão com pouca graça). E o mais estranho é termos um diretor cuja principal função é ser roteirista apresentar um filmes com diálogos tão sofríveis.
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