NOTA: 9.
- Embora nossa história esteja chegando ao fim, o poeta não está. Pois seu monumento é eterno. Não de pedra, mas em verso.
O diretor Roland Emerich é mais conhecido por filmes catástrofes, como 2012 e O dia depois de amanhã, e talvez por querer fazer algo diferente que ele tenha financiado inteiramente o filme de seu próprio bolso. Filme que teve um roteiro escrito em 1998, mas que não foi para frente pois nesse ano Shakespeare apaixonado começava a fazer grande sucesso nos cinemas.
Mais um filme sobre Shakespeare, mas diferente de todos os demais. O autor é um dos mais documentados da sua época, talvez por isso pareça que não havia motivos para se duvidar que ele não tenha escrito as peças que foram montadas em seu nome. Talvez se fosse um escritor mediano ou mesmo medíocre, não haveria qualquer controvérsia. Mas acontece que ele é simplesmente o maior escritor de todos os tempos, um dos poucos artistas supremos que a humanidade conheceu.
Poucos não se incomodariam com a fama que o autor teve em sua época, se formos considerar sua árvore genealógica. Além de ser filho de um pobre e analfabeto, era um ator itinerante em um tempo que a profissão era muito mal visto por todos. Talvez seja por isso que tenham dificuldade de acreditar que este homem tenha escrito obras-primas, e por isso surgiram inúmeras teorias de que as peças teriam sido escritas por outra pessoa. Alguns nomes são sugeridos, o filme fala "em nome" de Edward de Vere.
Talvez você não saiba muita coisa sobre William Shakespeare e saiba menos ainda sobre Edward de Vere, mas isso não deve ser um empecilho para assistir a esse filme. Mesmo se este for o caso, você pode assistir a esse filme com um roteiro intrigante, uma direção precisa e ótimos atores ingleses sem saber nada, e ainda assim se entreter e acreditar que Shakespeare é realmente um personagem interessante.
E se for o caso de ser um fã de Shakespeare, aviso que este filme pega pesado com ele. Ele é retratado quase como um idiota. Sem qualquer tipo de brilhantismo, seja como ator ou qualquer outra coisa. Realmente um homem incapaz de poder ter escrito qualquer peça brilhante. Eu sou um fã de Shakespeare, mas para mim se trata de um autor e como tal ele é brilhante nesse filme também. Seja lá por qual nome atenda aqui.
Já Edward de Vere (Rhys Ifans) parece realmente um gênio. Seu modo de vestir, de falar e agir, tudo faz parte de uma pessoa tão impressionante que acreditamos facilmente que ele pertence à realeza. O filme ainda especula que ele possa ter tido um caso com Elizabeth I, com quem teria tido um filho. Isso e muitas outras tramas contra a coroa e diversas conspirações. Apesar de ter tido a maior parte filmada na Alemanha, o filme consegue com propriedade reviver a antiga Londres. Sejam nos bastidores da realeza ou mesmo no teatro construído para o filme.
Há muitas coisas que tornam este filme uma experiência, mas devo insistir que de Vere não escreveu as peças. Talvez seja pelo fato de ser um fã de Shakespeare, ou talvez por achar a história inacreditável demais. Inclusive, li uma reportagem que indica que pelo menos 10 peças ou mais teriam sido escritas depois da morte de de Vere. A minha teoria é que não acredito em nada desse filme, mas ainda assim é possível assistir e se interessar muito por ele.
Infelizmente, muitos parecem não dar uma chance ao filme, que fracassou nas bilheterias. Tal fracasso fez com que sua estreia fosse constantemente cancelada aqui no Brasil, para nosso azar. Mas em breve, ele finalmente chega às locadoras.
Oi adorei sua resenha...mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços.
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