quarta-feira, 25 de abril de 2012

SEM SAÍDA - ABDUCTION


NOTA: 2.
- Eles não são seus pais de verdade.

Não existe outro motivo para a existência desse filme que não seja pegar carona no sucesso de Crepúsculo usando Taylor Lautner no papel principal. Os fãs do ator (provavelmente deveria ter escrito "as fãs") que me desculpem, mas um filme cujo plot é chupado de outros filmes do gênero e sem um pingo de originalidade, com um roteiro mal escrito que não leva para lugar nenhum e diálogos ruins, não merece ser visto. Provavelmente, muitas pessoas gostariam de serem raptadas ao invés de assistir a esse filme. 
Karen (Lily Collins) e Nathan (Lautner) estão fazendo uma pesquisa para um trabalho de colégio. Eles pesquisam sobre crianças raptadas e caem em um site que mostra como as crianças seriam hoje em dia enquanto fazem uma brincadeira misturando duas pessoas famosas parecidas com a criança desaparecida (afinal, que brincadeira poderia ser mais saudável e divertida?). Até que ela olha um menino e diz: "Uma mistura de Matt Damon com... você!"
Claro que não poderia haver uma maneira de deixar mais óbvio da onde saiu o filme que isso. Então nesse momento todos já sabem que se trata de um rapaz com habilidades especiais que deve começar uma corrida pela vida por causa de um evento em seu passado que não lembra. Isso deveria ser o suficiente para desistirem de ver o filme, mas para as fãs, há a chance de ver Lautner interpretando quase o mesmo papel de Jacob enquanto tira a camisa sempre que o momento parece apropriado (e com ele, nunca parece haver um momento inapropriado).
Nessa corrida pela vida, Nathan (ou Jacob) descobre que seus pais são na verdade agentes secretos da CIA designados para protegê-lo. De um dia para o outro, ele descobre que é o adolescente mais importante do mundo. E nessa descoberta, vão passando grandes nomes desperdiçados como: Maria Bello, Alfred Molina, Sigourney Weaver, Jason Isaacs e Michael Nyqvist (que só aperece em Hollywood para interpretar vilões).
Já que o mais importante nesse projeto é Lautner, falemos dele. Ele tem o físico e a habilidade para estar em filmes de ação, apesar de sua cara de líder de boy band não ser exatamente adequada. O problema maior mesmo está na sua atuação. De todos os ídolos adolescentes, não me lembro de nenhum que seja tão sem expressão quanto ele. Parece um robô avançado tentando entender as emoções humanas. Seus companheiros de Crepúsculo, conseguiram mostrar em outros filmes que sabem interpretar, ele  ainda não conseguiu. Se ele quiser ter uma vida artística depois que a saga acabar, é melhor que comece a escolher melhor seus futuros filmes.
Não consigo encontrar qualquer explicação para que o diretor John Singleton aceitasse esse trabalho. Depois de aparecer em bons dramas mais autorais (Os donos da rua e Duro aprendizado), ele se mostrou um competente diretor de ação em filmes como Shaft Quatro irmãos, mas aqui ele não consegue mostrar nem a competência ou mesmo um pouco de paixão que mostrou nos filmes anteriores. 
Não pergunte porquê qualquer coisa acontece, duvido que mesmo o roteirista saiba lhe explicar. Os agentes da CIA tão todos incompetentes que morrem das maneiras mais estúpidas possíveis. Somente Lautner parece ser capaz de derrotar os vilões. E não se assuste com frases como "Não quero morrer aqui, tem uma bomba no forno" e "Você vai ser responsável pela morte de todos os seus amigos... no Facebook". Elas infelizmente estão lá, e não são piadas.

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