NOTA: 7,5.
- A bíblia está repleta de demônios. Se você acredita em Deus, você tem que acreditar no Diabo. O próprio Jesus era um exorcista. Então, se você é cristão, se acredita em Jesus, você tem que acreditar nos demônios.
Segundo somos informados pelo personagem principal, o exorcismo nunca deixou de existir. Ele diz que muitas pessoas podem pensar que está "fora de moda". Que não é mais necessário ou que até mesmo deixou de ser usado porque todas as curas são feitas agora com base na ciência, mas a verdade é que atualmente o exorcismo está sendo mais realizado do que já foi anteriormente.
Esse personagem que nos informa esse fato, é Cotton Marcus. Ele é um showman que ganha a vida como pastor de uma igreja. Seus sermões são recheados com truques de mágica e outros subterfúgios para distrair a platéia. Ele subestima tanto seu "público", que promete para a câmera que está o filmando que vai colocar uma receita de bolo no meio do seu sermão e realmente o faz. E todos ainda dizem amém. Ele prega, mas não acredita no que diz.
Sendo assim, ele não acredita em demônios ou mesmo nos rituais de exorcismo. Desde o início do filme, o vemos com o principal personagem de um falso documentário. O objetivo de Cotton é expor o ritual como uma fraude que pode prejudicar pessoas que realmente acreditam nisso. Que tem fé que essas coisas são reais.
Assim ele pega uma carta e segue para a fazenda de um viúvo que lhe escreve dizendo que sua filha está possuída. Seguido de um câmeraman que nunca aparece e uma mulher que faz o som do documentário, ele conhece Nell, uma doce menina que parece estar estripando inúmeros animais da fazenda, incluindo bois e alguma galinhas. Ela, segundo é dito, simplesmente acorda com suas roupas encharcadas de sangue sem saber o que aconteceu na noite anterior.
O filme é baseado em um documentário feito em 1972, vencedor do Oscar, que acompanhava uma espécie de turnê realizada por um pastor pentecostal pela América. Tendo essa base, o filme tem forte apoio emocional e dramático. O suficiente para automaticamente criar grande apoio da platéia. Melhor ainda, ao contrário do que o personagem faz com seus fiéis, o filme nunca subestima a inteligência do espectador. É assim que ele vai nos levando cada vez mais fundo dentro daquele universo um tato bizarro.
Filmando ao estilo que A bruxa de Blair tornou famoso, em que uma única câmera segue os personagens e é operada por eles, o diretor até consegue um efeito muito mais interessante que os outros filmes costumam empregar ao (já massacrado) gênero. Ele consegue contar a história de maneira limpa e eficiente, e somente no final é que o filme escorrega e cai na cilada que parece ter se tornado obrigatória em filmes rodados dessa maneira.
Achei horrível. Filme sem nexo e preguiçoso, não assusta em momento nenhum.
ResponderExcluirhttp://cinelupinha.blogspot.com/
O filme é massa até aquele final podre, digno daquela bomba The Wicker Man com o Nicholas Cage...
ResponderExcluirRafael W.:
ResponderExcluirNão diria que é preguiçoso.
Desses filmes que usam essa linguagem de câmera, é o que mais se preocupou em contar corretamente uma história.
E olha que nem sou fã desse tipo de filmagem.
Rafael Barbosa:
Pois é.
É o vício de "A bruxa de Blair".
Abraços.
Vor falar, eu acredito em coisas assim como aconteceu no filme. Mas quando o filme ficou realmente serio em termos maliguinos, faltou por parte do exocista muita fé e coragem de fazer o certo. Quando realmente decidiu fazer algo foi tarde de mais... Mas o filme é otiml de se assistir, é como o sempre falo, existe coisas boas e coisas ruins...
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