quarta-feira, 2 de novembro de 2011

72 HORAS - THE NEXT THREE DAYS


NOTA: 6.
- Antes de fazer qualquer coisa, você deve se perguntar se pode realmente fazer isso. Se não puder, não comece. Porque você vai fazer alguém ser morto.

No filme, Russel Crowe interpreta John Brennan. O personagem é um professor da universidade, casado com Lara (Elizabeth Banks) com quem tem um filho pequeno. Logo no início do filme, sua esposa vai presa acusada de assassinato. Ele então começa uma batalha nos tribunais para conseguir soltar sua mulher, mas todos seus esforços acabam se mostrando em vão. Enquanto ele se mantém brigando na justiça, o filme é bem interessante. Mas esse não é um drama, é um suspense. E ele parte para um plano para soltar sua mulher. Com o plano, cai a credibilidade do filme. Se trata ainda de um interessante suspense, mas o filme poderia ser bem mais interessante.
O que impede que esse filme se torne ruim por conta disso, é a presença do diretor e roteirista Paul Haggis. Ele já havia roteirizado Menina de ouro, e dirigido e escrito Crash entre outros filmes. Adaptando um filme francês que eu não assisti, ele acaba entregando um filme com resultados inferiores ao que estamos acostumados a ver quando seu nome está atrelado ao projeto. Outro fator são as atuações de Crowe e Banks., mas a verdade é que o talento dos dois atores poderiam ter sido melhor aproveitados em um produto melhor.
Lara parece ter motivo e a oportunidade de ter cometido o assassinato contra a chefe contra quem teve uma briga no mesmo dia. Havia sangue da vítima em seu casaco e suas impressões estavam na arma do crime. Qualquer pessoa diria que ela é culpada, menos John. Ele sabe que ela não poderia ter cometido um assassinato. E Crowe faz com que qualquer evidência não tenha importância. É quase como que se ela fosse inocente somente por ele acreditar nisso.
Enquanto isso, ele tenta levar sua vida lecionando e educar seu filho. Ele tenta tudo que pode para tirar sua mulher da prisão. Falha. É só então que ele começa a planejar a fuga da prisão, mas como um professor de inglês pode conseguir isso? A preparação para o ato é interessante, contando com uma rápida aparição de Liam Neeson como um expresidiário que já escapou de diversas prisões e muita pesquisa na internet. O problema é que de uma hora para a outra, surge um novo John capaz de realizar todas as ações que o filme exige.
Essa mudança do personagem não é o único problema do filme. Ele é um pouco lento pela quantidade de detalhes que são inseridos para tentar dar credibilidade ao filme. Fato que não acontece. Apesar disso até que me manteve envolvido com a história. Mas nada parece esconder o fato de que esse parece um desperdício dos talentos envolvidos. Acredito que Haggis poderia fazer um filme muito mais interessante se não se preocupasse em envolver uma fuga da cadeia.

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