terça-feira, 27 de setembro de 2011

PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS - PIRATES OF CARIBBEAN: ON STRANGER TIDES


NOTA: 4.
- Jack Sparrow.
- Deve ter um "capitão" aí em algum lugar.

O diretor Rob Marshall apareceu com o grande vencedor do Oscar Chicago, musical que nunca me agradou e sempre achei superestimado. Mais absurdo se considerarmos que competia com filme como a segunda parte de O senhor dos anéis, As horas e O pianista. Depois do estouro inicial, vieram Memórias de uma gueixa e outro musical: Nine. Nenhum dos dois passou perto do estouro de seu filme de estréia. Na verdade, ele conseguiu transformar boas histórias em espetáculos tediosos. E para dar a volta por cima ele resolveu participar da franquia de piratas mais lucrativa que existe. O resultado é que nem ele e muito menos a franquia conseguiram dar um passo adiante.
Ao chegar ao quarto da franquia, acho que cheguei ao meu limite de ver o estranho capitão do navio pirata. Difícil dizer se é por ficar cansativo ou se é por o filme não apresentar nada de novo ou interessante. O que se passa por plot aqui nesse filme, é a busca pela fonte da vida, mas a tarefa não é nada fácil. Não por estarem sendo seguidos por espanhóis apenas, mas por envolver um estranho ritual que envolve duas taças e a lágrima de uma sereia. A história extremamente exagerada fica cada vez mais cansativa.
O pior é que a sequência inicial do filme é até mesmo interessante, onde Sparrow (novamente interpretado por Johnny Depp) arrisca uma fuga personificando um juiz até chegar ao encontro de seu amor, Angelica (Penélope Cruz). Tudo isso ocorre em terra, é quando o barco parte que as coisas degringolam. Depp faz seu show particular de forma bem eficiente, até surgirem as cenas de ação nos padrões atuais com movimentos estranhos e que não parecem ter nexo, já que parecem filmar cenas que não estão interligadas e que vão ser juntadas na edição.
Para encontrar a tal fonte, Sparrow deve navegar com o suposto pai de Angelica, o místico pirata Barba Negra (Ian McShane) que consegue mover cordas do navio e segundo viemos a descobrir, também tem a habilidade de ressuscitar. Se ele tem esse poder, não sei de que vale a fonte para ele, mas ainda assim ele teme padecer por uma profecia (as vezes parecem ser a única forma de derrotar um vilão, criar uma profecia) que diz que um homem sem perna irá matá-lo.
O homem sem perna é o sempre ótimo Geoffrey Rush, que justamente perdeu o membro para o Barba Negra. Acontece que o Barba é invencível dentro de seu barco, mas fora dele a história é diferente. Fora do barco ele pode ser derrotado. Então ao invés de ficar quieto em seu barco, ele parte para encontrar a tal fonte da vida.
A única coisa que funciona melhor aqui que nos filmes anteriores é a ausência dos personagens interpretados por Orlando Bloom e Keira Knightley, que nunca funcionaram muito bem. Os dois são substituídos, e muito bem, por Cruz. Os dois juntos funcionam muito melhor que o trio. Eles sequer eram piratas.
O filme é o que se pode esperar deles. Grandes explosões, cenas de ação confusas e longo o suficiente para não deixar um gostinho de quero mais. No meu caso deixou um gosto de quero menos. Há também a beleza de Cruz acompanhada de Astrid Bergès-Frisbey como a sereia. Acho que o suficiente para não ter muitas reclamações. Pena que nada funciona muito bem. De ótimo mesmo, só a rápida aparição de Judi Dench.

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