NOTA: 8.
- A morte é o único caminho que leva ao nascimento.
Confesso que não conhecia os quadrinhos de Jacques Tardi que deram origem a esse filme. Depois de uma pesquisa, pude visualizar o estilo que o autor dá à sua intrépida heroína. E o diretor Luc Besson vai de encontro a esse visual cartunesco dos quadrinhos para fazer um filme que pode não ser ótimo, mas que pelo menos diverte bastante.
Um dos motivos que o torna um bom filme, é o cuidado do diretor em dimensionar suas heroínas. Seja a torturada alma da assassina Nikita, a pobre menina órfã Matilda que segue um matador profissional em busca de vingança ou até mesmo a mártir Joana D'Arc. Esse não é assunto estranho para ele, por isso trata de trabalhar muito bem suas personalidades, desejos e objetivos.
No caso aqui, a heroína é Adèle Blanc-Sec (Louise Bourgoin), uma aventureira caçadora de tesouros com uma missão muito mais importante que encontrar relíquias: ela quer achar a múmia do médico de um antigo faraó que pode conseguir curar sua irmã que sofreu um acidente. Para ela, eles tinham um conhecimento avançado na medicina e por isso as múmias conseguem ficar intactas mesmo depois de milhares de anos.
Para ajudar, ela conta com a ajuda de Espérandieu, um excêntrico cientista que desenvolveu uma técnica de dar vida à criaturas há muito mortas. Para aperfeiçoar sua técnica, ele dá vida a um pterodáctilo dentro de um ovo de milhões de anos em um museu. O animal causa tantos problemas que o Espérandieu acaba sendo preso e a polícia contrata um caçador para dar conta do recado.
As cenas de ação funcionam muito bem, em especial por tirar aquele tipo de ação cômica e um pouco nonsense dos filmes de Indiana Jones. Como na cena em que ela consegue fugir usando um sarcófago. É mais ou menos uma amostra do que os filmes de Tomb Raider poderiam ter se tornado se tivessem algum tipo de cuidado.
O início do filme é que peca um pouco em relação ao seu resto. Logo de cara, há uma narração ao estilo de Amélie Poulain, mas que não é tão boa assim. O mais estranho porém, é que tão rápido quanto o início da narração é o fim da narração. Parece que ela existe apenas para dar informações que o diretor teve preguiça de filmar para a platéia, aí quando chega nas partes que ele decidiu filmar ela acaba. Para a sorte do filme, ainda estamos no início do filme, o que não estraga muita coisa.
Claramente, Besson quer dar início a uma franquia francesa sobre Adèle, mas ainda não anunciaram nenhuma nova aventura. É uma pena, porque é um bom exemplar de filmes de ação (melhor que a maioria de Hollywood) com uma heroína carismática interpretada com competência e beleza por Bourgoin. Agora que a personagem foi introduzida, há a possibilidade de melhorar mais a franquia. Um dos melhores filmes de Besson em muitos anos.
Bá, tá loco, eu achei esse filme muito fora da casinha, totalmente sem tom, ora é diversão descompromissada, ora aparece com a protagonista com os seios a mostra...
ResponderExcluirNão curti mesmo e olha q eu gosto muito esse tipo de aventurão, além de ser fã do Luc Besson...
Gosto é assim mesmo, né? Abração!
Não será costume de assistir filmes de ação americanos PG13 onde não pode aparecer sangue, nudez ou mais de 2 palavrões?
ResponderExcluirNão, não é por isso, não. Sou fissurado em Tarantino com sangueiras mil, mas também das aventuras do Spielberg, q não precisavam de muita coisa pra nos deixar de cabelo em pé. Acho se o cara souber trabalhar em cima de um gênero e contar uma boa história, é o que vale, independente dos PG da vida... É q acho q esse filme não é nem de um lado, nem de outro... Sei q os franceses tem uma visão do sexo um pouco mais liberal, digamos, mas para uma aventura supostamente juvenil, achei de mau gosto. E fora isso, o texto é bem ruinzinho - pena q a melhor parte do filme, a do Ramsés II fica pro final, quando eu já estava de cara por estar vendo aquilo td...
ResponderExcluirAbração!