NOTA: 9.
- Eu vi essa imagem quando era criança. Uma foto de Júpiter tirada pela NASA. Lindo, mas com nada de especial até ser mostrada em uma sucessão rápida. De repente, Júpiter estava vivo. Eu estava hipnotizada.
Este filme tem uma imagem impressionante. Os personagens na Terra, olham para o céu e avistam um novo planeta, muito maior que a Lua e muito parecido com o nosso próprio planeta. A aparição do planeta dá um novo significado para tudo na história, especialmente quando descobrimos que realmente se trata de uma nova Terra, igual a nossa. Ou talvez, uma Terra igual de um universo alternativo ao nosso.
Isso poderia explicar, talvez, a falta de problemas que poderíamos ter com um outro planeta tão próximo ao nosso. Fisicamente falando. Talvez, este planeta não esteja na nossa realidade e apenas podemos vê-lo, mas ele não interfere com o nosso. Mas de certa forma, o outro planeta está lá, e alguma corporação faz um concurso que vai levar uma pessoa da nossa Terra para a outra. A única coisa que precisam fazer é escrever porque deveriam ir.
Claro que um concurso para isso é tão estranho quanto o surgimento da Terra 2 (ou seríamos nós a Terra 2?), mas o filme não precisa se preocupar em ser plausível. Ele se preocupa em explorar outras questões. Temos Rhoda Williams (Brit Marling), uma jovem que está comemorando por ter sido aceita em uma universidade no mesmo dia que a nova Terra começa a poder ser vista a olhos nus. Bêbada, ele se envolve em um acidente de carro que mata uma mãe e filho e manda um pai para o hospital em coma.
Alguns anos depois, ela sai da prisão e tenta reconstruir uma nova vida, longe da realidade de uma faculdade ou coisa do gênero. Ela descobre que o pai, John Burroughs (William Mapother), saiu do coma. Ela sempre ficou devastada pelo acidente, e agora ela procura uma forma de tentar acertar as coisas. Ela vai até a casa dele mas na hora trava e a única coisa que consegue pensar é que foi enviada para limpar a casa dele gratuitamente.
Ele não se recuperou do acidente, vive em uma casa numa zona rural onde vive como um recluso sem cuidar da casa ou de si mesmo. Como acontece em outros filmes, temos aquela relação onde duas pessoas começam a criar uma ligação forte entre eles e apenas um deles sabe que há uma outra relação mais profunda. A diferença é que neste filme podemos começar a pensar nas variações que isso pode ter. E se ela não tivesse bebido? E se não tivesse ouvido no rádio sobre a Terra 2? O acidente é uma série de "se", e se na Terra 2 esses "se" não tenham acontecido?
A forma como o filme junta todas as partes é impressionante. A outra Terra não tem explicações científicas e o filme não perde muito tempo tentando explicar. O mais importante é a relação entre Rhoda e John, que são interpretados de forma tão fantástica que eles fazem com que nos importemos muito com eles, e com essa relação que pode se romper a qualquer momento. Enquanto isso, uma outra Terra nos faz perceber como tudo poderia ser diferente.
desde a primeira vez em que assisti esse filme....
ResponderExcluirEle nao sai da minha cabeça, esse foi o melhor filme em que ja assisti em toda minha vida.
Assisti hoje o filme, ao terminar de assistir fiquei pensando comigo mesmo, pensando uma coisa que o filme não deixou claro, por que simplismente ele acaba, tipo se ela encontra com ela mesma isso só pode significar que na outra terra tudo ocorreu do mesmo jeito aconteceu o acidente, ela escreveu a carta e acabou ganhando o concurso, a diferença é que na outra terra ela invés de mandar ele no lugar dela, ela mesma foi. Tipo até agora não consegui deduzir o que o autor do filme quis passar para mim com esse final. E para você qual foi o significado desse final?
ResponderExcluirNão consegui entender a última cena do filme. Alguém pode me explicar?
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