NOTA: 9,5.
- Uma bomba explodiu no Kremlin. O presidente deu início ao Protocolo Fantasma. Toda as unidades IMF foram renegadas.
Desde que adquiriu os direitos da série de TV para fazer seus filmes, Tom Cruise nunca se preocupou em dar uma identidade sólida a eles. O primeiro, dirigido por Brian De Palma, focava no tom de mistério. O mestre dos filmes de ação John Woo fez do segundo uma aventura cheia de adrenalina. Apesar de díspares, os dois primeiros filmes eram leves e divertidos. Por isso, talvez, o público não tenha gostado da terceira parte, dirigida por J. J. Abrams. Apesar de ser um bom filme, ele tem um tom muito mais pesado que seus anteriores, com cenas de tortura e tudo o mais.
Provavelmente esta é a razão por trazerem Brad Bird (diretor do desenho animado Os incríveis entre outros) para dirigir e tentar revitalizar a série. Em seu primeiro filme liveaction, ele não abandona o tom cartunesco e absurdo, e se mostra uma escolha inspirada. Isso porque por estar acostumado a fazer desenhos animados, Bird parece ter uma visão mais ampla do que é possível de se fazer em filmes. E, desculpem o trocadilho, do que é impossível de se fazer neles.
Ethan Hunt (Cruise) volta a comandar uma equipe IMF (a tal Força Missão Impossível) com o objetivo de roubar arquivos dentro do Kremlin. Algo dá muito errado e um terrorista chamado Hendricks (Michael Nyqvist) não apenas rouba antes dele como explode o Kremlin. A culpa cai em cima do IMF e o governo americano inicia o Protocolo Fantasma que dá o título ao filme. Sem qualquer tipo de apoio, Hunt e sua equipe tem que evitar que Hendricks comece uma guerra nuclear que pode devastar o mundo. Os motivos do vilão são pouco claros, mas parece que ele quer apenas iniciar uma nova etapa de vida na Terra, e para isso a antiga deve acabar.
O filme se beneficia de um grande elenco para contracenar com Cruise. Simon Pegg volta ao papel do Hacker que pode controlar qualquer coisa em qualquer lugar do mundo. Como parceira de campo, dessa vez ele está acompanhado de Jane (Paula Patton) e um misterioso analista interpretado por Jeremy Renner que esconde muito mais do que ele mostra. E Renner se mostra cada vez mais versátil e interessante de se ver nas telas.
O grande astro do filme, porém, é mesmo Cruise. Perto de completar 50 anos, ele mostra vigor atlético nas cenas de acão e mistura com uma maturidade que dá uma nova dimensão ao personagem. Como um crítico escreveu uma vez: "Se alguém te perguntar o que é uma estrela de Hollywood, pode apontar para Tom Cruise". E como já vinha acontecendo em outros filmes, sempre se publica como ele faz todas as suas cenas de ação. Parece que fôlego ele ainda tem de sobra.
E esse filme deve ter exigido dele. A cena filmada no maior prédio do mundo em Dubai impressiona e muito. É com certeza a melhor cena do filme. A forma com que ela foi filmada e editada, passa vertigem até para a plateia (destaco que o efeito foi ainda maior assistindo em IMAX). Se ele realmente se pendurou naquele prédio ou não pouco importa, o que importa é que a cena é simplesmente maravilhosa e dá nervoso de assistir.
Conclusão? O novo filme é um pipocão de primeira, com grandes e ótimas cenas de ação e de heroísmo também. Pra mim, é um dos melhores momentos de Cruise em anos e vale dar uma conferida no cinema. Especialmente para quem pode fazê-lo em uma tela IMAX.
Ainda acho o 1 melhor de todos super crazy.
ResponderExcluirÓtimo para quem gosta de ação e efeitos especiais, muito bem dirigido, só peca no ator que ainda nao consegue convencer, nao tem profundidade no quesito relacionamentos amorosos (que esta apaixonado ou que ama alguem). Quem sabe se um dia ele fizer um filme com a esposa, eu consiga detectar aquele brilhinho no olhar de apaixonado. Adoro ele desde top gun, mas, mas é mas né.
Eu gosto do Tom.
ResponderExcluirAcho que ele cresceu bastante ao longo dos anos.