NOTA:8,5.
- Vivo ou morto, você vem comigo.
O futuro da cidade de Detroit é assustador. A violência impera e os policiais estão morrendo a cada semana. A situação parece tão desesperadora que a solução parece ser construir uma nova cidade, futurística e um tanto quanto feia. Um robô surge para tentar dar uma solução ao crime: ED 209. Cem por cento robotizado, ele mata um inocente executivo na sua apresentação. Falta alguma coisa para esse plano dar certo.
Enquanto isso, um novo policial chega na cidade. Ele é Murphy (Peter Weller), que se junta a uma parceira Lewis (Nancy Allen) e patrulha a cidade tentando fazer sua parte para ajudar a acabar com o crime. Eles começam a perseguir uma gangue que assaltou um banco e pedem reforços. Reforços que não podem chegar antes de 20 minutos. Essa falta de organização da polícia leva a morte brutal de Murphy.
A polícia é controlada por uma empresa privada chamada OCP, a mesma que quer empurrar a venda dos tais ED 209 que não estão funcionando perfeitamente. Como um robô totalmente automatizado parece não funcionar, eles usam o corpo de Murphy para construir um policial que seja parte máquina e parte humano para policiar as ruas. Esse é o projeto Robocop. A vantagem é o cérebro humano, capaz de discernimento que as máquinas não são capazes.
O projeto parece dar certo e o policial começa a resolver crimes com uma certa facilidade. Ninguém sabe nada a respeito dele, com exceção de sua antiga parceira Lewis. Ela consegue observar alguns detalhes que não se apagaram do cérebro de Murphy e sabe que debaixo de toda aquela armadura de metal está o seu parceiro. Seguindo uma lógica parecida com a do Batman, os cientistas cobrem apenas a parte de cima da cabeça até os olhos. A diferença é que aqui ele é reconhecido por ela.
O filme se desenrola como um filme policial padrão, mas não se trata de um filme comum. A provável causa é que é dirigido por Paul Verhoeven, que teve aqui sua primeira grande chance em Hollywood e fez um bom trabalho. Tanto que depois ficaria mais em evidência com filmes como O vingador do futuro e Instinto selvagem. Ele mistura comédia, romance além da filosófica busca do personagem pela sua identidade, o que funciona muito bem.
Outra parte que faz o filme funcionar é a atuação de Peter Weller no papel principal. Sua voz meio robotizada funciona muito bem. Como uma voz que não pode ser contestada. Ele também consegue criar uma empatia com a platéia que é vital para o filme. Consegue fazer um Robocop mais humano do que quando realmente é humano.
Muitos filmes se concentram apenas em efeitos especiais e esquecem de tecer a história. Verhoeven não cai nesse erro. Aqui, temos um bom filme policial que usa os efeitos para fazer diferença. Ainda que certo efeitos estejam ultrapassados, o filme não está. Por isso ainda vale a pena assistir.
e aew atico
ResponderExcluirMuito boa sua resenha do filme.
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