quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA - THE AMAZING SPIDER-MAN


NOTA: 7,5.
- Todos temos segredos. Aqueles que guardamos, e aqueles que são guardados de nós.

O mundo hoje se move numa velocidade assustadora, e aparentemente isso se reflete nos cinemas. Só assim consigo imaginar porque já temos um reboot do personagem aracnídeo mais famoso da Marvel. Afinal, fazem apenas cinco anos desde a última vez que o vimos nos cinemas interpretado por Tobey Maguire, e dez desde que o primeiro chegou aos cinemas. Está certo que a terceira parte estava muito aquém do que deveríamos esperar, mas ainda assim faz pouco tempo.
Então, em teoria, o que temos é uma refilmagem do longa de 2002 dirigido por Sam Raimi, exceto que não é exatamente uma refilmagem. Explicando: como a imensa maioria assistiu o primeiro filme, pra justificar um novo começo de franquia foi necessário contar uma origem totalmente diferente da contada anteriormente. A verdade é que não precisávamos ter essa história contada novamente, mas pelo menos em alguns detalhes ela é feita de forma a justificar melhor a transformação dele em um super-herói.
Peter Parker agora passa a ser interpretado por Andrew Garfield. Um dos problemas que foram ressaltados por produtores, é que Maguire estava muito velho para o papel. Então temos agora o jovem Garfield que tem 28 anos e realmente parece velho demais para estar na escola, mas isso é um problema que acontece com quase todos os filmes que mostram escolas, então não deve ser nada demais. Pelo menos, ele tem um jeito mais nerd que Maguire. Já Dunst não chega a ser substituída, porque Emma Stone interpreta Gwen Stacy, a primeira namorada de Parker nos quadrinhos.
Um dos problemas deste filme, é que qualquer pessoa com mais de dez anos vai assistir e achar que já conhece a história, e isso é porque provavelmente já assistiu realmente. Ainda que seja admirável a preocupação de contar com detalhes e com calma, sem apressar a aparição do herói, parece meio "redundante" ter que assistir, de novo, como ele se transforma de nerd que sofre de bullying à herói. De novo. E por mais de duas horas de duração.
Um dos acertos de Marc Webb ((500) dias com ela), é não depender de um Homem-Aranha completamente digitalizado. Claro que hoje parece impossível realizar um filme sem recorrer ao já famoso CGI, mas pelo menos há inúmeras cenas realizadas por dublês, o que dá "peso" aos movimentos dos personagens. E melhor ainda, o filme funciona porque está todo apoiado em cima dos pesonagens de Garfield e Stone, e não nos efeitos.
O melhor filme do personagem pra mim, e acredito que todos vão concordar, é Homem-Aranha 2, mas este consegue ser melhor que o primeiro filme do herói, mas realmente me incomodou o fato de que em nenhum momento eu consegui parar de pensar que se tratava de uma refilmagem desnecessária. Nem o diretor pareceu se mostrar bem escolhido para mostrar um Aranha para novos tempos, em um mundo mais cruel ou coisa do gênero, como os realizadores (incluindo roteiristas e etc) não tiveram a coragem (ou mesmo foram impedidos) de contar uma história realmente nova. É a tentativa de ressuscitar a franquia fazendo a mesma coisa que foi feita antes. É interessante e divertida, mas realmente parece desnecessária.

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