NOTA: 8.
- Você era a única pura o suficiente para quebrar o espelho e me destruir, e também a única pura o suficiente para me salvar.
Houveram duas refilmagens da Branca de neve, e todas as duas se distanciando da inocência da história que conhecemos. Quer eu esteja falando do desenho animado da Disney ou mesmo do conto original dos irmãos Grimm, mas o outro filme ainda tentava manter um pouco da mágica e doçura do conto original. Não há nada doce nesse filme aqui. Apesar de termos praticamente todos os personagens da história original e sabermos como vai terminar (ou pelo menos como deve terminar), a viagem é quase totalmente original e muito boa de acompanhar.
E boa parte dessa jornada ser tão boa de acompanhar, é que há algo muito interessante na forma que o filme pega o tema e o trata de uma forma tão séria. A maioria desses contos, estão enraizadas no subconsciente de qualquer pessoa, e de repente aparece uma nova versão violenta e obscura para mudar os conceitos. Apesar de inocentes, esses contos tem um lado sombrio, então aqui se aproveita mais esse lado do que o lado mágico.
Um pouco mais velha do que de repente imaginaríamos uma Branca de Neve, temos Kristen Stewart interpretando a personagem título pela maior parte do filme. Depois da morte de seu pai, a malvada Rainha assassina (Chalize Theron) a deixa anos presa em uma cela no alto de uma torre, até que ela finalmente consegue sua fuga e tentar apagar os erros que vem acontecendo no reino desde a morte de seu pai.
O Caçador (Chris Hemsworth), é o herói convocado pela Rainha para caçar a Branca de Neve em uma floresta onde somente ele parece ter fugido com vida. Ele deve levar a menina de volta pro castelo, mas depois de encontrá-la ele fica tão impressionado que resolve mudar de lado, e começa a ajudar ao lado do príncipe William. Este conhece Branca desde a infância e parece muito apaixonado por ela, mas para seu azar não é seu nome que aparece no título.
Enquanto isso, a Rainha mantém seu governo de terror no reino. Com medo de perder sua beleza, o que ela considera sua maior fonte de poder, ela se "alimenta" da beleza de virgens para continuar jovem e bela. E claro que ela toma conselhos de um espelho na parede que, quando ouve o famoso provérbio, aparece em forma quase humana, lembrando um pouco o T1000 de O exterminador do futuro 2 quando está em transição de uma forma para a outra.
Outra coisa que não se esperaria em um filme como esse, é uma quantidade absurda de efeitos especiais, que dão vida vida à seres como trolls, corvos que se transformam em demônios para atacar, e até mesmo transforma atores conhecidos (Ian McShane, Bob Hoskins, Ray Winstone, Nick Frost, Eddie Marsan, Toby Jones e outros) em anões. Mais um pouco e eu acreditaria que a história se passa na Terra Média de Peter Jackson, lugar onde a trilogia do O Senhor dos Anéis tomou lugar.
Apesar de cair no óbvio de hoje e ter que mostrar inúmeras cenas de batalha e efeitos especiais de última linha, há uma história interessante aqui. Inclusive, um filme que permite que os personagens tenham mais profundidade que jamais tiveram antes. E mesmo para os interessados em efeitos especiais, não há o que reclamar aqui.
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