NOTA: 8.
- Por que são contra ditadores? Se América fosse assim, 1% das pessoas deteriam as riquezas do país. Vocês poderiam ignorar as necessidades dos pobres em relação a saúde e educação. Sua mídia só pareceria ser livre.
Sacha Baron Cohen já havia "assustado" a América ao lançar seu Borat, e vendo os trailers deste filme fiquei com um certo receio de que o filme fosse apenas mais do mesmo, mas felizmente este não é o caso. O que Cohen está fazendo é se estabelecer como melhor ator cômico da atualidade, enquanto ao mesmo tempo critica duramente a política americana. Parte deste discurso está acima, mas há muito mais nesta comparação entre o país com ditadura e a democracia deles.
Tendo dito isso, é bom dizer que o filme é cruel, obsceno, escatológico, de mau gosto e vulgar, mas também muito engraçado. Comparando este filme com Borat e Bruno, nos vemos diante de um filme mais tradicional do ator. Tem uma história tradicional a ser seguida e até mesmo romance. Isso não quer dizer que seja aconselhável para o grande público, mas pelo menos realiza bem sua função. Por sua curta duração, ele começa, nos faz rir e termina.
Cohen é General Aladeen, um ditador de uma nação na África chamada Wadyia. Ele tem dezenas de carros esporte guardados na sua enorme e luxuosa mansão vigiada por um pelotão formado de maravilhosas mulheres que lhe "ajudam" a dormir. Além disso, ele é capaz de pagar pela companhia de mulheres como Megan Fox e, segundo as fotos que são mostradas depois, de Kate Perry, Kim Kardashian, Arnold Schwarzengger, Oprah entre muitos outros.
Um de seus conselheiros é Tahir (Ben Kingsley), seu tio e o verdadeiro herdeiro do trono. Tahir tem um plano de tomar o poder assassinando Aladeen. Quando o plano dá errado, ele convence o ditador a fazer um discurso para as Nações Unidas onde seu esquema pode dar certo. Ele contrata um segurança (John C. Reilly) que raspa a barba de Aladeen mas acaba não terminando a tarefa. Enquanto é substituído por um dublê, vaga pelas ruas de Manhattan tentando descobrir como fazer para voltar ao trono.
Ele acaba encontrando um possível caminho através de uma dona de restaurante natural, Zoey (Anna Faris), que acredita que seja um refugiado político de Wadyia. Como ela é feminista, isso dá pano para manga para piadas contra o próprio feminismo, vegetarianos e imigrantes por conta dos empregados que ela tem na loja. Embora o filme acabe seguindo para o assassinato e romance, sobra bastante espaço para um humor anárquico que algumas vezes lembra os filmes dos irmão Marx.
É um filme com mais bom humor que os anteriores. Não acredito que a intenção de Cohen seja se tornar popular e amado pelas plateias. Este é o mais ofensivo dos três filmes. Ao mesmo tempo espero que ele continue exatamente assim: anárquico, crítico, ofensivo e muito engraçado.
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