quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O VINGADOR DO FUTURO - TOTAL RECALL


NOTA: 7.
- Se eu não sou eu, então quem diabo sou eu?

Refilmagem de um filme de 1990 estrelado por Arnold Schwarzenegger, o filme original contava com cenas em Marte. A diferença aqui é que ninguém vai para Marte e sai o eterno Exterminador para entrar Colin Farrell em seu lugar. Apesar de eu gostar das cenas de Marte onde os atores ficam com falta de ar, este filme tem suas razões para certas alterações.
Não há dúvida que Colin Farrel é melhor ator que Arnold Schwarzenegger, mas para este tipo de filme eu acho que não seja uma boa substituição. Arnold pode não ser capaz de grandes nuances, mas parece ser melhor para estrelar filmes assim. Em ambos os filmes, o personagem Quaid acorda todas as noites depois de um pesadelo. Acorda para uma vida de insatisfação ao lado da sua mulher (Sharon Stone no original e Kate Beckinsale aqui), até descobrir que toda sua vida é uma farsa, e que ele teve memórias implantadas e que na verdade é um agente secreto.
Inspirado em um conto de Philip K. Dick (Blade Runner), a história (um tanto quanto ingênua) é bem realizada nas duas versões, cada uma em sua época. Quaid fica perdido e confuso durante quase todo o filme, sem saber em quem acreditar ou até mesmo de que lado está ou quem realmente é. Em ambos os casos, há cenas de ação constantes, a diferença é que neste novo eu fiquei um pouco incomodado com uma falta de tempo para poder descansar entre uma cena e outra e, acreditem ou não, me importei menos com o novo personagem.
Nesta Terra, somente duas áreas no mundo podem ser povoadas, o restante do planeta está inabitável por conta de alguma ameaça química. Basicamente, a humanidade só pode viver em Londres e na Austrália. Aqui, ambos continuam como colonizados e colonizadores. Quem mora em Londres tem melhores condições enquanto quem mora na colônia parece fadado a trabalhos mais braçais. Somente há um transporte entre os dois lugares, que passa pelo centro da Terra. Quaid vai andar por estes lugares numa trama envolvendo um rebelde e uma mulher que pode ser o amor da sua vida (ou não), interpretada por Jessica Biel.
O filme tem um visual muito interessante, com cidades criadas de modo a serem tanto funcionais quanto esteticamente espetaculares. Tanto a organizada Londres quanto a superpovoada Austrália. Em ambos os lugares, Quaid corre de um lado para o outro pulando e se jogando sem quebrar um osso do seu corpo em inventivas perseguições, que cansam um pouco depois de um tempo. Nada que estrague muito o filme. É um filme com energia e ideias interessantes (como geralmente acontece nos filmes inspirados em obras de Philip K. Dick). Emocionalmente, o filme não prende muito, mas não acredito que esta tenha sido a intenção dos realizadores.

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