NOTA: 7.
- Ninguém comete um assassinato só pela experimentação de se cometer um assassinato. Ninguém exceto a gente.
Chegamos a uma nova etapa na carreira de Hitchcock. É a partir deste filme que ele se torna o produtor de seus próprios filmes. Talvez esse tenha sido o motivo que o levou a fazer um projeto que o próprio diretor considerava uma cilada. O filme era uma adaptação de um peça de teatro onde o tempo de duração era o mesmo que a ação encenada. Para conseguir o mesmo efeito no filme, o diretor resolveu fazer deste filme um longo plano-sequência. Para quem não sabe o que é um plano-sequência, trata-se de um plano sem corte, contínuo. Em película, é impossível se fazer um filme inteiro sem cortes pois o rolo de filme tem pouca duração (cerca de 10 minutos). Por isso durante o filme, a câmera eventualmente passava pelas costas de alguém ou algum móvel, isso permitia que a troca do rolo fosse quase imperceptível.
Nesse aspecto só tenho a admirar a habilidade dele. Claro que um filme desse tipo ia totalmente contra o tipo de filme que ele costuma fazer, que sempre prezava pela fragmentação do filme e o fazia com maestria invejável. Ainda assim, é incrível que ainda assim ele consiga mover a câmera de modo a contar a história com a mesma intensidade com que costumava contar todos seus outros filmes, além disso o controle da luz que faz o tempo passar de forma quase despercebida. Considerando que era seu primeiro filme colorido, tais méritos se tornam ainda maiores.
A história do filme é sobre uma dupla de jovens estudantes muito inteligentes que matam um colega de turma só pela volúpia do ato em si. E isso a pouco minutos do início de uma festa onde convidam os pais do rapaz, a ex-noiva de um deles e um professor, interpretado por James Stewart, de quem eles acham que vão conseguir admiração pelo crime que cometeram. A dupla, ainda que não tivesse sido falado abertamente (provavelmente pela época em que foi filmado), eram homossexuais que agem quase como um casal.
Apesar de admirar a habilidade do diretor, não posso esconder que o filme me decepciona um pouco. É realmente um trabalho fantástico de câmera, iluminação e movimentação de atores, mas não passa nem um terço do mistério que outros produtos dele. Justamente ele que sempre procurou disfarçar quando adaptava uma peça, aqui parece abraçar o tom teatral. Temos pouca coisa aqui para diferenciar o filme de uma peça teatral, o que diminui a força do filme por se tratar de um filme de Hitchcock.
O filme foi um sucesso comercial, o que deve ter sido ótimo para sua carreira, mas artisticamente ficou aquém do que se espera de um filme com o seu selo. Ainda que tente passar suspense, o filme acaba mais sendo sobre um longo, e entediante, coquetel do que sobre um crime ou descobrir se os culpados serão descobertos ou não. Infelizmente, no início de sua carreira de produtor, Hitchcock vai acabar acumulando uma sequência de filmes que não se orgulha muito.
Nesse aspecto só tenho a admirar a habilidade dele. Claro que um filme desse tipo ia totalmente contra o tipo de filme que ele costuma fazer, que sempre prezava pela fragmentação do filme e o fazia com maestria invejável. Ainda assim, é incrível que ainda assim ele consiga mover a câmera de modo a contar a história com a mesma intensidade com que costumava contar todos seus outros filmes, além disso o controle da luz que faz o tempo passar de forma quase despercebida. Considerando que era seu primeiro filme colorido, tais méritos se tornam ainda maiores.
A história do filme é sobre uma dupla de jovens estudantes muito inteligentes que matam um colega de turma só pela volúpia do ato em si. E isso a pouco minutos do início de uma festa onde convidam os pais do rapaz, a ex-noiva de um deles e um professor, interpretado por James Stewart, de quem eles acham que vão conseguir admiração pelo crime que cometeram. A dupla, ainda que não tivesse sido falado abertamente (provavelmente pela época em que foi filmado), eram homossexuais que agem quase como um casal.
Apesar de admirar a habilidade do diretor, não posso esconder que o filme me decepciona um pouco. É realmente um trabalho fantástico de câmera, iluminação e movimentação de atores, mas não passa nem um terço do mistério que outros produtos dele. Justamente ele que sempre procurou disfarçar quando adaptava uma peça, aqui parece abraçar o tom teatral. Temos pouca coisa aqui para diferenciar o filme de uma peça teatral, o que diminui a força do filme por se tratar de um filme de Hitchcock.
O filme foi um sucesso comercial, o que deve ter sido ótimo para sua carreira, mas artisticamente ficou aquém do que se espera de um filme com o seu selo. Ainda que tente passar suspense, o filme acaba mais sendo sobre um longo, e entediante, coquetel do que sobre um crime ou descobrir se os culpados serão descobertos ou não. Infelizmente, no início de sua carreira de produtor, Hitchcock vai acabar acumulando uma sequência de filmes que não se orgulha muito.
Eu acho o final desse um pouco xôxo, mas tá loco, fiquei nervoso do início ao fim... Um dos meus Hitch prediletos
ResponderExcluirGrande abraço!