quinta-feira, 21 de abril de 2011

PEIXE GRANDE E SUAS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS

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NOTA: 7.
- Um homem conta suas histórias tantas vezes que acaba se tornando suas histórias. E elas continuam depois que o homem morre. Dessa forma, ele se torna imortal.

Há um conflito entre pai e filho aqui. O filho cresceu escutando histórias que seu pai conta sobre seu passado e que são fantásticas demais para serem levadas á sério. Quando era criança eram divertidas, depois de um tempo perderam a graça. Ele agora quer saber a verdade sobre o passado de seu pai, mas a tarefa não é fácil quando se está lidando com um mitômano.
O filho é Will (Billy Crudup), e ele recebe uma ligação dizendo que seu pai está doente, o que o faz voltar para sua antiga casa. Lá ele tenta descobrir a verdade por trás das histórias, seja ela qual for. O filme então se divide entre o velho Edward (Albert Finney) contando as histórias com sua esposa, Sandra (Jessica Lange) e os flashbacks onde o casal é interpretado por Ewan McGregor e Alison Lohman. 
Realmente as histórias contadas são inacreditáveis demais. Elas envolvem um lobisomem, um gigante de quatro metros de altura, duas gêmeas siamesas que dividem o mesmo par de pernas e uma cidade que beira a perfeição e todos andam sem sapatos. E no meio de todas essas histórias, há também histórias sobre o porquê dele ter perdido o nascimento de Will e como conheceu o amor da sua vida, Sandra. Apesar dessas duas histórias parecerem mais simples, são tão fantásticas quanto todo o resto.
O filme é dirigido por Tim Burton, que criou para si um estilo pessoal de fazer filmes que é facilmente identificável. No aspecto da direção, o filme também se divide em duas partes: a parte do presente que se apresenta de forma corriqueira e os flashbacks que são mostrados no tal estilo "burtoniano". Aqui se apresentam dois problemas. Um, é que o resultado soa irregular entre os dois tipos de filmagem e fica um pouco estranho em suas transições. O segundo problema é que Burton parece ansioso demais para contar a história do jovem Edward, que é mais fantástica, mas quanto mais ele conta as histórias mais elas vão perdendo seu efeito. Em certo momento começam a ficar cansativas. Quando o final chega, nem parece tão impressionante assim. Além disso, deixa de lado o casal Finney e Lange que é a melhor coisa do filme. Eles não mereciam serem deixados de meros coadjuvantes.
No filme, as pessoas se dividem entre os que acham Edward adorável e os que se cansaram de ouvir suas histórias. Acredito que com as pessoas que assistem o filme pode acontecer a mesma coisa. Muitos podem achar o filme maravilhoso e querer me criticar, mas eu sou do time que acha que essas histórias deveriam ser contadas com mais parcimônia.
Eu sou como Will. As histórias fantásticas podem ser interessantes, mas o que há por trás delas também pode ser interessante. Seria bom poder conhecer os dois lados. O filme acaba ficando com aquela sensação de ouvir uma piada que já ouviu antes. Até pode ser melhor contada da última vez que ouviu, mas não tem a mesma graça de quando a ouve pela primeira vez. E não achem que não gosto do diretor, eu o adoro, mas ele já fez e é capaz de fazer coisas melhores.

PS: Este é o primeiro filme americano de Marion Cotillard e também a estréia de Miley Cyrus nos cinemas.

4 comentários:

  1. Bá cara, eu acho esse um dos melhores filmes dos 2000, um fora de série, que mexe com a fantasia e a emoção de menino (a) que está lá guardadinha no íntimo de cada um de nós...

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  2. Putz.
    Pra mim passa longe.

    Só no ano de lançamento de Peixe Grande, eu colocaria na frente dele:
    1 - Sobre meninos e lobos
    2 - Procurando Nemo
    3 - As invasões Bárbaras
    4 - Encontros e desencontros
    5 - O retorno do rei

    Vou nem procurar em outros anos 00 que senão acho que não deixaria nem entre os TOP 50.
    rs

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  3. Gostaria de saber a fonte da citação que você utilizou no início da sua resenha.

    Obrigada
    valgs2@gmail.com

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  4. Cheio de excentricidade! Não há dúvida de que a grande imaginação de Tim Burton e sua força visual para recriar impregnados histórias singularidade estão presentes neste filme. O filme não é apenas uma maravilha visual do melhor de hoje; ele também é uma maravilha da história e refletir sobre o conceito de fantasia versus realidade, as relações entre pais e filhos e muitos outros assuntos; tem a capacidade de mergulhar o espectador em uma atmosfera fascinante que intercepta a partir do primeiro quadro para o último.actor Steve Buscemi deu uma chance, e não me arrependo, porque é o melhor que já vi.

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