segunda-feira, 1 de abril de 2013

JACK O MATADOR DE GIGANTES - JACK THE GIANT KILLER


NOTA: 7.
- Medo de altura?
- Medo de cair.
- Bem. Então não caia.

Uma tendência dos filmes nos últimos tempos é pegar antigos contos de fada e colocar sob uma perspectiva feminista. Ou pelo menos uma perspectiva que não seja tão sexista. Em A Branca de Neve e o Caçador, uma solução encontrada foi colocar uma espada na mão da heroína. Os resultados não costumam ser ruins. O mais estranho então, é que este filme não siga os mesmos passos. Tem todos os ingredientes que uma produção milionária pode ter, exceto um bom roteiro ou mesmo a "atualizada" que se espera.
Pra ser justo, que fique claro que nunca considerei essa história em si interessante. Por isso apesar do esforço, o que temos é prazer moderado pra um orçamento tão inchado. Liderando o projeto, Bryan Singer, excelente diretor de filmes que vão desde Os suspeitos e Operação Valquíria, até divertidos blockbusters como os dois primeiros filmes dos X-men. De alguma forma, ele considerou que esse projeto valia o seu tempo, mas o que temos aqui destoa um pouco do resto de sua filmografia.
A história é sobre um grupo de monges que conseguem cultivar feijões mágicos que cresceriam o bastante para para se aproximarem de Deus. O problema é que entre a Terra e o Reino Divino, tem um lugar habitado por gigantes. É uma espécie de ilha, só que ao invés de água, estão cercados de nuvens. Os gigantes descem para a Terra na tentativa de dominar tudo, mas são impedidos quando o Rei usa uma coroa mágica que domina os gigantes.
Muito tempo depois, a história é contada de pais para filhos como se fosse um conto de fadas. Em partciular, acompanhamos dois personagens que adoram ouvir a história, e ambos ávidos por aventuras. Claro que um é Jack (Nicholas Hoult), a outra é  a Princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson), cujo pai, o Rei (Ian McShane) a promete em casamento para Roderick (Stanley Tucci). Também é claro que seus caminhos vão se encontrar, e numa série de eventos, a Princesa acaba indo parar na terra dos gigantes, enquanto Jack se voluntaria para tentar resgatá-la junto com um grupo liderado por Elmont (Ewan McGregor).
Os gigantes, liderados por um general de duas cabeças (Bill Nighy), são as melhores coisas do filme. Singer consegue tirar alguma diversão da diferença de tamanho entre as espécies. Como eu disse anteriormente, o filme foge das tendências atuais de ter uma personagem feminina forte. Tenta, ao dar espaço para Isabelle, mas ela acaba se tornando uma figura mais figurativa que realmente necessária. Apesar de seu esforço, Singer e seu bem escalado elenco (com destaque para McGregor com um jeito de Errol Flynn) não conseguem fazer o filme realmente decolar. Em especial, esperava que Singer conseguisse fazer mais usando o 3D do que ele mostra aqui. 

Um comentário:

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