NOTA: 10.
- Meu Deus. Nós estávamos tão errados.
O diretor volta ao universo de Alien, que ele mesmo começou, para recontar a origem de tudo. Não apenas a origem de um dos alienígenas mais famosos do cinema, mas também contar a nossa própria origem. É uma ficção científica que levanta interessantes questões sobre a humanidade, mas não tem resposta para elas. Não que isso seja algum desmérito, tanto que apesar de voltar ao universo que criou, Ridley Scott vai além e parece criar um novo independente do que já havia sido feito anteriormente.
O começo do filme se passa em um local espetacular com cachoeiras e uma linda e densa floresta onde um ser vivo muito parecido com um humano, mas totalmente albino, ingere alguma coisa que o faz ficar com muita dor, vomitar e se contorcer até que seu corpo se desfaça até células vermos as células de DNA quando cai na água. Esse lugar poderia ser a Terra, mas não há certeza disso. Assim como talvez as células desse ser que caem na água poderiam ser células que deram origem aos seres humanos. Podem, mas nada fica claro. Talvez a passagem seja apenas para sugerir que antes de termos vida na Terra, tivemos alienígenas por aqui.
Daí, cortamos para o ano 2089, no que pode ser o maior flash-forward da história do cinema, superando 2001, de Kubrik. Uma nave segue em direção a um distante planeta que foi indicado em diferentes pinturas em cavernas de civilizações e épocas distintas entre si. Pela disparidade de onde foi encontrado esse "mapa estrelar", pesquisadores seguem rumo a ele na esperança de encontrar a origem da raça humana. Chegando no planeta, eles encontram uma espécie de pirâmide onde buscam respostas, e é nesse cenário e na nave de um trilhão de dólares de nome Prometheus que o filme se passa.
Comandando a expedição, temos Elizabeth Shaw (Noomi Papace), que acredita que a nossa vida tenha alguma origem divina. Seu contraponto é seu namorado, Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) que considera a crença dela uma ofensa a anos de darwinismo. O que eles acham dentro da pirâmide não dá razão a nenhum dos dois. São corpos humanoides, mas maiores do que nós, cujo DNA é totalmente compatível com o nosso. Seriam eles os nossos criadores? E se sim, por quê?
Desde o primeiro dia em que pousam naquele planeta, o terror começa. Não um terror como Scott fez no primeiro filme, onde tínhamos muito silêncio e sombras, mas um terror mais pautado na ação. E ainda assim, tão eficiente quanto. Especialmente quando a tripulação humana ao lado do enigmático robô (sempre há um com motivos misteriosos nos filmes do alienígena) David (Michael Fassbender, sempre ótimo), começam a explorar as cavernas.
Independente dos papéis masculinos, o filme segue a tradição e apresenta não uma, mas duas personagens fortes. Uma é Vickers (Charlize Theron), uma representante da companhia que financia a viagem e que fica sempre distante dos demais e trata a todos como se fossem seus empregados. Eles são seus empregados, mas pra que será que serve tanta hierarquia no espaço a anos luz da Terra? A outra é Shaw, que mostra grandes instintos de preservação realizando feitos quase inimagináveis.
O filme mistura bem efeitos especiais, tecnologia 3D (ambos sem uso exagerado que distraia a atenção da história) e um roteiro mirabolante. O grande atrativo, para mim, é como o filme brinca com a descoberta dessa raça que tem o mesmo DNA que nós. Será que nos criaram? A possibilidade de existir algo parecido com algo tão único quanto um DNA parece ser muito improvável mesmo do outro lado do universo. E se foram eles que nos criaram, de onde eles vieram? As respostas estão abertas para uma possível sequência. O que temos agora é um espetáculo visual, suspense, aventura e ideias que podem te deixar pensando por muito tempo.
filme muito ruim. Não tem respostas as questões essenciais e deixa a sensação de que não tem logica nem sequencia nos fatos.
ResponderExcluirMas será que tudo precisa ter resposta?
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