quarta-feira, 21 de março de 2012

ENROLADOS - TANGLED


NOTA: 8.5.
- Alguma coisa te trouxe aqui, Flynn Rider. Chame como quiser: destino...
- Um cavalo.

Assistir ao novo desenho da Disney, não ligado à Pixar, é como assistir aos bons e velhos filmes da casa do Mickey com um gostinho de modernidade. Sim. O filme me lembra muito aos antigos e bons desenhos que assistia, seguindo quase a mesma fórmula. Mas ao mesmo tempo, sentimos um frescor de novidade, que não fica apenas no estilo de animação moderna por computador que se faz hoje em dia. Não uma releitura, mas uma modernização.
Começa pela arquitetura, com um castelo que vai lembrar muitos outros de várias histórias de princesas anteriores, onde podemos até mesmo reconhecer a torre onde Rapunzel fica. Temos também os personagens clássicos, como a princesa cercada de animais com emoções distintas. Aqui seriam um camaleão e um cavalo. Ainda assim, temos um ritmo mais acelerado e cores mais vibrantes para dar nova vida ao antigo.
Isso é no mínimo um ambiente agradável para visitarmos. E acreditem, isso quer dizer muita coisa. Para quem não lembra, só depois de muito tempo a Disney volta a lançar bons filmes em sequência, depois de uma "era negra" com Chiken Little e demais filmes dessa época. Mas ainda que tenha lançado bons filmes antes desse, eles não pareciam ter a essência da Disney. É esse filme que parece finalmente resgatar o espírito da antiga produtora.
Como grande parte dos desenho de hoje, começamos a história ouvindo uma voz meio esperta, meio malandra contando a história da infância de Rapunzel (Mandy Moore), que é uma princesa raptada e criada como filha por uma bruxa que quer se manter jovem, ela é chamada de Gothel. A voz é do ladrão Flynn Rider (Zachary Levy), que rouba uma jóia e vai encontrar a princesa perdida em sua torre sem portas. Um lugar aparentemente perfeito para se esconder.
Para seu azar, ele é nocauteado por Rapunzel que esconde sua jóia roubada. A troca é simples: ela quer sair da torre pela primeira vez para ver uma luzes que surgem no céu no dia do seu aniversário todo o ano. Ela sequer pisou fora da torre, por isso Flynn deve servir de guia nesse estranho mundo que ela não conhece. Quando ela voltar para casa devolve os "pertences" do rapaz. Claro que nessa aventura terão perseguições e emoções além da aproximação do casal. Tudo como manda o roteiro.
Um ponto interessante é Gothel. Disney tem muitas madrastas, mas nenhum me lembrou essa aqui. Não é uma relação simples entre as duas. Rapunzel a ama, afinal ela acredita que esta seja sua mãe, e Gothel sabe que deve cultivar esse amor de alguma forma para não perder a sua "fonte da juventude". Uma relação das mais interessantes das que costumamos ver em quadrinhos.
Para finalizar, somos presenteados com cenas de muita emoção e de tirar o fôlego de tão lindas. Sei que vai ficar repetitivo, mas é exatamente o que a Disney costumava fazer: nos maravilhar com as mais lindas cenas, como a das lanternas subindo no céu no aniversário de Rapunzel. É um uso maravilhoso da nova tecnologia aliado na melhor tradição que ela já teve. Apesar da história um pouco batida, é um prato cheio pros fãs de ontem e hoje.

4 comentários:

  1. Eu também adorei o filme, um acerto em cheio da Disney.

    http://cinelupinha.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. impressionante como a disney quer ser a dreamworks, mas ainda quer manter aquelas malditas "princesas", entre outras bobeiras. O roteiro é super original, é sátira de conto de fadas (shrek), ela é tipo mulher destemida diferente (imitação fajuta do que a fiona foi em shrek 1) ela tem um heroi muito bonito (antishrek) enfim, a disney pode tentar, mas nunca vai ter um srek, um como treinar seu dragão, um a lenda dos guardiões, um rango. porque será que o oscar indicou kungfupanda, e o gato de botas e deixou esse de fora? por que o oscar não gosta de imitações e cliches (juntos)

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...