quarta-feira, 6 de março de 2013

AMANHECER VIOLENTO - RED DAWN


NOTA: 4.
- Não estamos nos saindo tão mal para um bando de garotos.

Eu sei que um filme como esse não pode ser levado a sério de forma alguma, mas uma trama tão ridícula quanto essa não pode ser feita como se fosse um filme de ação. Depois de um jogo de futebol, acompanhamos uma invasão da Coréia do Norte nos EUA, mas felizmente eles não precisam temer. E quando digo que não precisam, não quero dizer que eles podem contar com suas forças armadas. Quem está aqui para salvar o dia é o time de futebol e as namoradas dos jogadores com armas roubadas do próprio exército coreano.
Se trata de uma refilmagem de um filme de 1984, que em plena Guerra Fria usava os soviéticos como invasores. Para os tempos atuais, um novo "país vilão" teve que ser encontrado, e alguma mente brilhante deve ter chegado à conclusão que a Coréia do Norte seria a melhor escolha (parece que seria a China, mas trocaram porque se trata de um ótimo mercado). Então temos um país com aproximadamente 25 milhões de pessoas invadindo um outro muito maior do que eles e com uma população de mais de 300 milhões. Duas perguntas não saíram da minha cabeça: 1. Será que existe alguém na Coréia do Norte que não faça parte do exército?; e 2. Ficou alguém por lá ou todos decidiram emigrar para o novo país?.
A rebelião conta com Matt (Josh Peck), que foi um dos responsáveis pela derrota do tal jogo de futebol que citei anteriormente. Ele não segue o que lhe é pedido e não sabe jogar em equipe. Seu irmão mais velho, Jed (Chris Hemsworth), é um fuzileiro que por coincidência volta pra casa no dia anterior da invasão e junta os adolescentes para se rebelarem contra os invasores. A ideia é incomodar o bastante para que eles não queiram permanecer aqui, mais ou menos o que aconteceu quando os EUA invadiram o Vietnã.
Rapidamente, os norte-coreanos tomam conta da cidade, usam o batalhão da polícia como quartel general e até usam o prefeito na tentativa de tornar a invasão mais "oficial" e fazer pronunciamentos para eles. Claro que o filho do prefeito, Daryl (Connor Cruise), está do lado dos rebeldes. Assim como eles têm também a companhia de Josh Hutcherson como Robert. 
Chris Hemsworth está se transformando num ator cada vez mais famoso, mas talvez seja a hora de começar a repensar os papéis que interpreta. Tirando uma participação pequena em Star Trek, e de viver o personagem Thor da Marvel, ele tem apenas um bom filme (e que nem é nada demais) em sua carreira que é A Branca de Neve e o Caçador. Se ficar aceitando esse tipo de roteiro, ficará marcado como apenas mais um ator de ação. Mas devo reconhecer também que ele salva o filme do fiasco total. Aqui, se salvam apenas ele e Hutcherson.
O filme foca quase inteiramente neste grupo, e acaba ficando com uma história muito confusa. Quanto tempo levou a invasão? Quanto tempo Jed levou para transformar meninos em soldados? Como e quanto tempo os norte-coreanos levaram para transportar sua artilharia pesada (eles usam até tanques)? Como a invasão ocorre exatamente e até mesmo o que acontece fora da cidade é deixada de lado.
Todas essas questões são deixadas de lado e tentam ser disfarçadas por inúmeras cenas de batalha, que apesar de bem coreografadas não são o suficiente para manter o filme andando. Tudo o que elas conseguem mostrar é que os jovens são ferozes combatentes que conseguem dominar rapidamente estratégias de guerrilha e de quase todo o tipo de material bélico que existe; e que os invasores são incompetentes. Tão incompetentes que outra pergunta que fica é como eles conseguiram invadir, com sucesso, um país que sequer fica no mesmo continente. Também é claro que praticamente nenhum dos mocinhos tomba em combate, ao passo que eles conseguem eliminar muitos (e muitos) soldados. Mais um filme que não mostra ao que veio, sendo que este sequer tenta se passar por uma diversão inteligente. 

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