NOTA: 7,5.
- Há trevas por toda a parte. Você não é o único que perdeu tudo.
Minha primeira reação ao ver um trailer desse filme foi pensar: "Claro. Por que não?". Obviamente que em tom sarcástico. Por isso é uma boa surpresa acabar de assistir e perceber que o filme é muito mais divertido do que poderia pensar que fosse. E ainda, é o melhor filme que, provavelmente, teremos sobre essa parte da vida desse ex-presidente americano. Talvez, se fizer sucesso podem até pensar numa sequência para superar este, mas é pouco provável pois o filme termina com ele indo para o teatro (para que não sabe, é em um teatro onde ele é assassinado).
O filme abre com um pequeno Abraham protegendo uma criança negra que está levando um castigo de chicote. Seu pai se intromete na confusão, e em retaliação um vampiro visita a casa dos Lincoln de noite e mata a sua mãe. Sedento por vingança, ele se encontra em um bar com Henry Sturgess (Dominic Cooper), que percebe suas intenções e ensina o que ele precisa para se transformar no tal caçador de vampiros do título.
Essa vida, não é tão fácil quanto parece. Ela exige dedicação e sacrificios. Sturgess lhe explica que ele deve inclusive abandonar certas tentações como casamento e coisas do gênero. Depois de tentar matar um vampiro com um revólver e descobrir que não funciona, Lincoln decide escolher um machado com uma lâmina de prata e que ele aprende rapidamente a rodar enquanto elimina a praga da Terra. Uma arma um tanto grande para andar disfarçadamente pelas ruas, mas com esse tema eles não precisam se preocupar com certos detalhes, certo?
Depois de matar tantos vampiros, Lincoln se desvia desse objetivo. Ele se casa, mesmo contra os conselhos de Sturgess, e a história rapidamente segue para seus dias na Casa Branca durante a guerra entre Norte e Sul. Porém, ele descobre que sua missão de caçador ainda não está no fim: os vampiros estão lutando contra ele no exército do Sul. Os únicos que ele pode contar para acabar com isso são Will Johnson, o garoto negro do início do filme interpretado por Anthony Mackie e Joshua Speed.
Dirigido por Timur Bekmambetov (Procurado), o filme não tenta se transformar em uma comédia ou coisa do tipo. O filme é levado a sério por todos, incluindo o elenco que entrega atuações dignas de uma biografia oficial de Lincoln, e acredito que seja por isso que ele funcione. Mesmo o grande vilão, Adam (Rufus Sewell), não é caricato ou afetado, sequer mosntruoso. Ao olhar, ele é uma pessoa normal que carrega uma maldição.
O filme não é uma lição para aprendermos sobre o homem, escravidão ou a Guerra Civil Americana. Não é para isso que ele foi feito, para contar sua vida real, teremos o novo filme de Spielberg que chegará em breve. O filme é para ter cenas de ação de primeira e muita adrenalina e isso ele entrega com muita qualidade.
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