terça-feira, 18 de junho de 2013

PAZ, AMOR E MUITO MAIS - PEACE, LOVE & MISUNDERSTANDING


NOTA: 7.
- É difícil para as crianças aceitarem seus pais como humanos.

Nos último anos, tem sido cada vez mais raro ver filmes protagonizados por Jane Fonda. Se compararmos com os demais que tem feito, até que está melhorando de papéis nessa nova fase de sua vida. Dessa vez como uma hippie que vive em Woodstock, que cultiva sua própria maconha e que tem uma criação de galinhas que ficam perambulando pela casa inteira. Claro que em todo momento todos os estereótipos hippies vão sendo jogados em cima dela. Seu grupo faz feiras nas ruas, cantam, fazem ritos para a lua, fazem protestos nas ruas e se drogam. De alguma forma, o tempo não passou para eles.
Sua filha é Diane (Catherine Keener), cujo marido pede o divórcio de forma polida e direta logo no início do filme. Esse acontecimento, faz com que ela decida passar alguns dias com a mãe, Grace (Jane Fonda), que não a vê há vinte anos. O motivo, é pelo fato de Grace ter vendido maconha na festa de  casamento de Diane. Claro que tudo pode ser esquecido quando ela precisa, e sua mãe hippie está pronta a recebê-la junto com os netos que sequer conhecia.
Diane só pede que a mãe seja cautelosa com sua vida amorosa e com as drogas enquanto seus filhos estiverem sob o mesmo teto. Claro que Grace sabe a melhor forma de conquistar netos que não conhece, e isso quer dizer ser a avó descolada que os leva para protestos, que empresta o fusca caindo aos pedaços e fuma maconha com os netos os introduzindo as drogas. Ou seja, a avó que qualquer adolescente pode ter pedido, e que qualquer mãe não queria ter perto de seus filhos.
O filme tenta usar a velha e batida fórmula de tentar juntar os estilos de vida diferentes entre mãe e filha, e consegue alguma graça, mas o filme acerta mais por causa do elenco do que pelo roteiro. Este é extremamente formulaico e pouco inspirado. Entrega exatamente o que se espera de um roteiro pouco imaginativo e na hora que os professores parecem ter ensinado como deve ser feito. Isso inclui um novo amor para Diane (na pele de Jeffrey Dean Morgan), para a filha vegetariana (interpretada por Elizabeth Olsen) e para o filho esquisito que vive filmando tudo a todo momento.
Basicamente, o filme foca nas três gerações de mulheres com o mesmo gene, já que o filho parece estar mais para um fraco alívio cômico. E todas as três entregam boas atuações, pelo menos boas o suficiente para nos interessarmos por suas personagens e nos importarmos com elas. De resto, é uma confusão de aventuras (e desventuras) de uma hippie que nunca saiu de Woodstock (o festival). Há algumas conversas que buscam emoção mas que podiam ser melhor desenvolvidas, mas que fazem o filme funcionar de forma até divertida. Nada demais, mas serve como entretenimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...