quarta-feira, 24 de março de 2010

ASTRO BOY


NOTA: 6.
"Sabe. Eu tentei encontrar o meu lugar no mundo. Eu pensei que tinha encontrado, mas se encaixar é muito mais difícil do que parece, não é?" Astro Boy

Depois da chegada de alguns produtos nipônicos aos cinemas, chega esse Astro Boy. A diferença? Este é um produto originalmente japonês mas que é agora "americanizado" para as novas platéias. Surgido alguns anos após Hiroshima e Nagasaki, ele era uma série com atores de carne e osso para depois se transformar em uma animação. Agora, muitos anos depois de dominar os mangás, aporta finalmente nos cinemas.
Para funcionar melhor, o filme conta a origem do garoto robô com as obrigatórias cenas de ação, a mensagem ecológica e atores de peso para dublar as vozes, como Freddie Highmore, Nathan Lane, Bill Nighy, Nicolas Cage e Donald Sutherland. Claro que os estúdios devem estar apostando em uma possível nova franquia lucrativa e não economizaram em nomes para isso. Outro exemplo é o diretor, o mesmo que também dirigiu Por água abaixo.
O filme começa mostrando o garoto Toby, menino inteligente filho de um grande cientista chamado Dr. Tenma. Com ele aprendemos que a Terra foi abandonada pela maior parte dos humanos e serve como depósito de lixo das pessoas que vivem na cidade flutuante de Astro City (meio repetitivo isso, não?). Depois de um incidente em um experimento de seu pai, Toby é evaporado, e tudo que sobra é um boné com um fio de cabelo.
Tenma, desolado, resolve construir um robô réplica de seu filho morto, e graças ao fio de cabelo do garoto, consegue fazer que o robô tenha todas as memórias e personalidade do garoto. Se como eu, você se pergunta porque não fazer um clone, não encontrará a resposta nesse filme. A única conclusão que se chega é: porque se ele for robô poderá ter armas e lutar. Assim agrada as crianças, principalmente se o tal robô tiver a mesma idade que elas.
Para os adultos, fica pouca coisa para assistir. As cenas de ação não empolgam muito e o filme é todo estereotipado. Adultos são os vilões e crianças salvam o dia. A mensagem ecológica não chega perto de ser poderosa. E mesmo essa recontagem de Pinóquio sobre querer ser um garoto de verdade não funciona direito. Talvez estivesse melhor nas mãos de algum gênio japonês.

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